Marinha francesa terá no jato de negócios plataforma básica para o programa Albatroz
Aeronave de negócios será convertida para missões de patrulha marítima e de busca e salvamento
O Ministério da Defesa da França confirmou a escolha do Falcon 2000LX como a plataforma para seu programa de Aviões de Vigilância e Intervenção Marítima “Albatros” (AVSIMAR). O contrato prevê o fornecimento de sete jatos de negócios da Dassault, que serão convertidos para missões militares.
Com entregas a partir de 2025, o Ministério da Defesa da França espera atingir um total de doze aviões de vigilância e intervenção marítima. Os Falcon 2000LX serão equipados com um radar multifuncional sob a fuselagem, uma torre optrônica de alto desempenho, sistema de liberação de kit de busca e resgate (SAR, na sigla em inglês) e sistemas de comunicação dedicados. Uma das mudanças mais visíveis será a instalação de janelas de observação, que permitem a busca visual dos tripulantes, especialmente em missões SAR.
Por meio de uma cláusula junto ao Ministério da Defesa francês, a Dassault Aviation estará vinculada ao programa para garantir o apoio industrial em estreita cooperação com a marinha francesa ao longo de dez anos.
“O Falcon 2000 Albatros é uma aeronave de alto desempenho equipada com um sistema de missão e sensores de última geração. Do Falcon 20 da Guarda Costeira dos EUA ao Falcon 2000MSA da Guarda Costeira Japonesa, além do Falcon 200 Gardian e 50M da Marinha da França, temos uma vasta experiência em vigilância marítima, além da nossa longa experiência em patrulhamento marítimo com o Atlantique”, disse Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault Aviation.
De acordo com a Dassault Aviation, as primeiras unidades entregues serão fabricadas na sua planta industrial localizada na França. Porém, parte do contrato será produzido na Índia, como parte do acordo de compensação industrial e econômica relacionados a aquisição dos caças Rafale pela força aérea indiana. Ainda assim, a conversão dos Falcon 2000LXS para a configuração Albatros será realizado na França, apenas a montagem de alguns aviões será feita na Índia.
“É justo que a França, que tem a segunda maior zona econômica exclusiva do mundo, esteja na vanguarda no uso deste tipo de aeronave”, acrescentou Trappier.
Nas últimas 5 décadas, a Dassault Aviation foi responsável por adaptar aeronaves Falcon para vigilância marítima, evacuação médica, transporte de cargas, calibração de sistemas de vigilância, coleta de informações, treinamento, entre outros. Estas aeronaves multifuncionais representam aproximadamente 10% da frota Falcon em serviço em todo o mundo. Os serviços do governo francês operam aeronaves Falcon 10, 200, 50, 900, 2000 e 7X e, em breve, adicionarão o Falcon 8X, dedicado a missões de inteligência no programa Archange.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 20/11/2020, às 13h00 - Atualizado às 16h09
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