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Guerra comercial

Trump proíbe empresas chinesas de voar para os EUA

Medida estabelece grau de igualdade ao tratamento que a China proporciona as empresas norte-americanas


Empresas chinesas mantinham voos regulares para os Estados Unidos mesmo após pandemia

Em meio as tensões políticas o presidente Donald Trump proibiu hoje (3) que as empresas aéreas chinesas voem para os Estados Unidos a partir do dia 16 de junho. A medida anunciada pelo Departamento de Transportes (DoT, na sigla em inglês) penaliza a China por não cumprir um acordo existente sobre voos entre os dois países.

A proibição atinge a Air China, China Eastern Airlines, Sichuan Airlines, China Southern Airlines e Xiamen Airlines. A medida é uma resposta as restrições chinesas em relação as companhias aéreas dos Estados Unidos, que continuam enfrentando uma série de restrições para voar para a China.

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Desde o início da pandemia as companhias aéreas chinesas mantiveram operação regular para os Estados Unidos, ainda que apresentando drástica redução nas frequências devido à queda na demanda. Entretanto, as empresas norte-americanas foram impedidas por Pequim de manter uma operação regular com destino a China. A Delta Air Lines, em comunicado, apoiou as ações do governo dos Estados Unidos “para fazer valer nossos direitos e garantir a justiça”, afirma. Atualmente a Delta e a United Airlines mantém apenas voos cargueiros para a China, que operam com uma ampla série de restrições, inclusive de permanência em solo.

O documento emitido pelo Departamento de Transportes manterá as restrições de voos como equidade de tratamento chinês. “[o governo chinês] efetivamente impede as transportadoras americanas de restabelecerem voos regulares de passageiros para a China", afirmou o DoT. Em comunicado em separado, as autoridades norte-americanas afirmaram que as restrições serão mantidas enquanto durarem os bloqueios chineses. "Permitiremos que as transportadoras chinesas operem o mesmo número de voos programados que o governo chinês permite as nossas empresas", afirmou o DoT.

As normas incluem ainda voos fretados, que estavam sendo programados pelas companhias aéreas da China, muitos realizando voos de repatriação de cidadãos que moram ou estudam nos Estados Unidos.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 03/06/2020, às 16h10 - Atualizado às 16h25


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