Portugal aprova privatização de até 44,9% da TAP Air Portugal, com interesse de Lufthansa, Air France-KLM e IAG
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, publicou em 7 de agosto de 2025 um decreto autorizando a privatização de até 44,9% da TAP Air Portugal. O texto oficial estabelece 60 dias para que investidores apresentem documentação de qualificação preliminar e mais 90 dias para o envio de propostas não vinculantes.
O movimento reabre o processo de venda da companhia aérea, interrompido em outubro de 2023, quando Rebelo de Sousa vetou a alienação de pelo menos 51% da TAP, citando falta de transparência e riscos ao controle estatal de uma empresa estratégica para o país. Agora, após as eleições de maio de 2025, o novo governo assumiu o compromisso de vender uma participação minoritária, e o presidente liberou a operação após receber garantias sobre mecanismos de monitoramento e intervenção do Estado na gestão.
Entre os potenciais compradores já manifestados estão o Lufthansa Group, a Air France-KLM e o International Airlines Group (IAG).
Enquanto avança o processo de privatização, a Azul Linhas Aéreas, antiga acionista da TAP, cobra o reembolso de um empréstimo de 90 milhões de euros (aproximadamente R$ 541,6 milhões) concedido em 2016. Segundo o CEO John Rodgerson, “está muito claro que a Azul emprestou dinheiro à TAP” e, para garantir o pagamento antes da privatização, a aérea contratou um escritório de advocacia em Portugal.
A TAP Air Portugal mantém voos a partir de Lisboa (LIS) e/ou Porto (OPO) para 12 destinos no Brasil, abrangendo as cinco regiões do país. Entre eles estão São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG), além de capitais como Recife, Fortaleza, Belém e Belo Horizonte.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 11/08/2025, às 09h29