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Gol e TAP adotam sistema para reduzir consumo de combustível e emissões

Gol e TAP Air Portugal são as primeiras companhias a usar o IATA FuelIS, sistema que otimiza o consumo de combustível


Sistema permite otimização do consumo de combustível e contribui para metas de descarbonização - Guilherme Amâncio
Sistema permite otimização do consumo de combustível e contribui para metas de descarbonização - Guilherme Amâncio

A Gol Linhas Aéreas e a TAP Air Portugal tornaram-se as primeiras empresas do setor a implementar o IATA FuelIS, sistema de análise de dados lançado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) para otimizar o consumo de combustível e reduzir custos operacionais. O anúncio foi feito nesta terça-feira (3).

A ferramenta permite que as companhias comparem sua eficiência no uso de combustível com as médias do setor, com base em dados operacionais reais coletados pelo programa Flight Data eXchange (FDX), que integra a plataforma Global Aviation Data Management (GADM) da IATA. Atualmente, a base reúne informações de mais de 220 companhias aéreas, abrangendo cerca de oito milhões de voos por ano.

Segundo a IATA, avanços tecnológicos e operacionais devem representar cerca de 10% do esforço do setor para alcançar a meta de emissões líquidas zero de carbono até 2050. O FuelIS é integrado à ferramenta Fuel Efficiency Gap Analysis (FEGA), que desde 2005 apoia companhias na identificação de oportunidades de economia de combustível.

Luís Rodrigues, CEO da TAP, destacou que o uso do sistema permitirá avaliar os efeitos da modernização da frota e da adoção de combustíveis sustentáveis (SAF). Albert Pérez, vice-presidente de operações da Gol, afirmou que a eficiência no consumo de combustível representa uma vantagem competitiva. “Com o FuelIS, temos dados que nos ajudam a tomar melhores decisões e comparar nosso progresso com o do setor”, disse.

Segundo a IATA, o uso de soluções como FuelIS e FEGA já evitou o consumo de 4,76 milhões de toneladas de combustível por ano, gerando uma economia estimada em US$ 3,8 bilhões (R$ 21,3 bilhões).

Por Marcel Cardoso
Publicado em 04/06/2025, às 09h05


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