Embraer prevê demanda de 3.390 aeronaves na região Ásia-Pacífico até 2045, liderando a expansão global de jatos regionais e small narrowbody
A Embraer estima que a Ásia-Pacífico, incluindo a China, responderá por 3.390 aeronaves com menos de 150 assentos nos próximos vinte anos, o equivalente a 33,2% da demanda global prevista de 10.500 unidades.
A projeção foi apresentada durante o Seminário de Negócios para Companhias Aéreas da Ásia-Pacífico, realizado pela fabricante brasileira em Singapura, na última semana.
O encontro reuniu companhias aéreas, autoridades de aviação, consultores e investidores para discutir tendências emergentes, novos perfis de viajantes e estratégias de crescimento no mercado aéreo regional. As discussões incluíram o papel de aeronaves de pequeno porte, como os E-Jets e E-Jets E2, na expansão da conectividade e na frequência de voos entre grandes hubs e destinos pouco atendidos.
Segundo Raul Villaron, vice-presidente da Embraer para a região, a Ásia-Pacífico é o mercado que mais cresce na aviação global e concentra interesse de operadoras e investidores. “O evento reforça nosso engajamento de longo prazo com a comunidade da região”, disse.
A Embraer possui cerca de duzentos jatos operando em sete países da Ásia-Pacífico, atendendo quatorze companhias aéreas, incluindo Scoot, All Nippon Airways, Japan Airlines, Tianjin Airlines, Alliance Airlines e Virgin Australia. Entre os contratos recentes, destacam-se o pedido da Virgin Australia por oito E190-E2, para operações de fretamento, e a encomenda da ANA de quinze E190-E2, com opção para mais cinco unidades, para ampliar rotas domésticas no Japão.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 11/08/2025, às 09h06