Dreamliner

Primeiro voo do Boeing 787 completou 15 anos

Hoje presente em praticamente todo o mundo, o primeiro voo do Boeing 787 completou 15 anos

O desenvolvimento do programa consumiu cerca de US$ 32 bilhões, devido aos custos crescentes de produção - Boeing/Reprodução

O voo inaugural do mais recente aeronave de fuselagem larga da Boeing, o 787, completou quinze anos no último domingo (15). O modelo está em operação comercial em todo o mundo há treze anos.

A Boeing começou a planejar novas aeronaves no final da década de 1990, quando as vendas dos modelos 767 e 747-400 começaram a cair. Inicialmente, a empresa propôs o 747X e o Sonic Cruiser. O 747X não despertou interesse suficiente, e o Sonic Cruiser foi cancelado em 2002 devido à fraca reação do mercado e à crise no setor aéreo após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Em 2003, a Boeing apresentou o projeto 7E7, mais tarde renomeado como Dreamliner. O foco do 7E7 era criar uma aeronave de médio porte com alta eficiência e design otimizado para rotas ponto a ponto, abandonando o tradicional modelo hub-and-spoke.

Cheers to 15 years! ✈

On December 15, 2009, the 787 Dreamliner embarked on its first flight.

With cleaner air, a smoother flight, larger windows, improved lighting and more -- it connects flyers in comfort to where they want to go! pic.twitter.com/MNLJF5USZV
— Boeing Airplanes (@BoeingAirplanes) December 15, 2024

O modelo foi apresentado ao público pela primeira vez em 8 de julho de 2007, obteve certificação de tipo em agosto de 2011. O primeiro 787-8 foi entregue à japonesa All Nippon Airways em setembro e entrou em serviço comercial no mês seguinte, em 26 de outubro.

Nos primeiros anos de operação, o Boeing 787 enfrentou problemas relacionados às baterias de íons de lítio, que causaram incêndios a bordo. Em janeiro de 2013, a agência federal de aviação dos Estados Unidos determinou a suspensão temporária da operação de todos os aviões, que só foram liberados para operação após a aprovação de um projeto revisado três meses depois.

O desenvolvimento do programa consumiu cerca de US$ 32 bilhões (R$ 194,4 bilhões), devido aos custos crescentes de produção. Entre os avanços, o 787 é cerca de 20% mais eficiente em combustível que o 767, combinando melhorias aerodinâmicas, motores mais eficientes e redução de peso estrutural.

Ele conta com motores Rolls-Royce Trent 1000 ou General Electric GEnx e sistemas elétricos que substituem parte dos sistemas hidráulicos e pneumáticos tradicionais.

O Boeing 787 fez o seu primeiro voo comercial ao Brasil em 1.º de julho de 2013, pela Ethiopian Airlines. Hoje, o modelo faz viagens regulares em pelo menos quatro aeroportos do país, incluindo os internacionais de São Paulo (GRU) e do Rio de Janeiro (GIG).