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Piloto do Kobe Bryant não podia voar por instrumento do fatídico voo

Empresa é certificada apenas para realização de voos visuais, assim como seus pilotos e aeronaves


O piloto do helicóptero que transportava o astro do basquete Kobe Bryant e outras oito pessoas, não tinha autorização para voar em condições climáticas que limitassem a visibilidade com aquele helicóptero. A empresa, Island Express Helicopters, não tinha autorizações para utilizar suas aeronaves em voos por instrumentos, sendo autorizada a operar apenas voos visuais.

Detalhes divulgado pelo NTSB, o órgão de investigação de acidentes nos Estados Unidos, que o piloto Ara Zobayan embora fosse habilitado para voar instrumento, não poderia realizar este tipo de voo naquela aeronave. Segundo um piloto que relatou a revista Forbes, era pouco provável que o piloto tivesse experiência para uma situação de baixa ou nenhuma visibilidade, visto que não havia sido treinado para isso na Island Exspress. “Acho que ele não teve nenhuma experiência real dentro das nuvens”, comentou Kurt Deetz, ex-piloto da empresa em entrevista a Forbes.

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Ainda que o relatório final não tenha sido finalizado, as condições climáticas no momento do acidente sugerem que havia pouca margem para um voo visual dentro dos limites estabelecidos pelas regras de voo norte-americanas.

De acordo com registro do FAA, a agência de aviação civil dos Estados Unidos, a Island Express Helicopters, é certificada pela Part 135, onde pode fornecer serviços de fretamento sob demanda apenas sob condições VFR (visual).

De acordo com analistas, as boas condições climáticas predominantes na Califórnia ao longo de todo o ano tornam pouco atraente a certificação da empresa para operar sob regras de voos por instrumentos (IFR). Além do maior custo para obter as autorizações, aliado ao treinamento adicional dos pilotos, em raras ocasiões será necessário voar IFR na Califórnia.

Todavia, os investigadores agora apuram se a aeronave decolou ciente das condições climáticas em rota e se manteve contato visual com o terreno durante todo o voo.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 03/02/2020, às 15h30 - Atualizado em 05/02/2020, às 07h59


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