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Aviação Militar

O papel dos F-35 durante o ataque Midnight Hammer

F-35 realizaram a escolta dos B-2 durante a Operação Midnight Hammer, garantindo o ataque contra instalações nucleares iranianas


F-35 da USAF
F-35A foram usado na Operação Midnight Hammer em missões SEAD, escolta e apoio ao ataque de B-2 contra alvos iranianos - USAF

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) detalhou pela primeira vez o emprego dos F-35A na Operação Midnight Hammer, revelando que o caça conduziu a abertura do corredor aéreo antes do ataque com bombas anti-bunker de penetração profunda realizado pelos bombardeiros B-2 Spirit.

A missão ocorreu em 22 de junho e teve participação de diferentes vetores de combate distribuídos em bases no Oriente Médio. De acordo com informações divulgadas pelo 388th Fighter Wing, os F-35A foram responsáveis por ingressar no espaço aéreo iraniano nas primeiras etapas da operação, realizando a supressão de defesas aéreas (SEAD) e a proteção direta do grupo de bombardeiros.

Os B-2 lançaram ao longo do ataque 14 munições GBU-57 contra instalações de enriquecimento de urânio, no maior ataque do tipo conduzido pelos Estados Unidos.

A missão inclui uma esquadrilha composta por 125 aeronaves, incluindo os F-22, F-15E, F-16, além do lançamento de mísseis Tomahawk. Autoridades norte-americanas afirmaram que, durante toda a incursão, não houve disparos hostis contra a formação, resultado atribuído à combinação de furtividade, guerra eletrônica, ações de inteligência e interferência cibernética empregadas no planejamento do ataque.

Os F-35 utilizados na operação estavam sob responsabilidade do 388th e do 419th Fighter Wing, que haviam sido deslocados para o Oriente Médio meses antes, em missão prolongada sob o comando do U.S. Central Command. Segundo os comandantes envolvidos, os caças empregaram asensores e sistemas de interferência para degradar as defesas iranianas e permaneceu junto aos B-2 durante todo o trajeto.

Após o lançamento das bombas, as unidades de F-35 permaneceram em alerta elevado diante da possibilidade de retaliações com mísseis balísticos. 

A divulgação também confirma o envolvimento das mesmas unidades em operações recentes contra posições Houthi no Iêmen, incluindo o emprego de novas armas ar-terra e o registro do abate de aeronaves não tripuladas de ataque unidirecional utilizadas pelo grupo terrorista.

As ações reforçam a evolução do papel do F-35 em missões SEAD — função historicamente associada às plataformas especializadas Wild Weasel — agora combinando sensores, furtividade e armas antirradição em ambiente de alta complexidade.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 28/11/2025, às 11h20


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