F-22 inaugurou a era dos caças de quinta geração e segue como um dos mais poderosos aviões do mundo
Há 25 anos, o mundo conhecia o F-22 Raptor, o caça que ainda hoje é o estado da arte dentro da aviação militar.
O fabricante Lockheed Martin apresentou o caça no dia 9 de abril de 1997 e o avião se tornaria o mais capaz da força aérea dos Estados Unidos (Usaf) e considerado por muitos o número um do mundo.
O formato diferenciado devido a furtividade, capaz de dissipar as ondas de radares e o que reduz o RCS do caça, chamou a atenção de todos da época.
A aviação militar já tinha aeronaves furtivas, como o F-117 Nightwak ou então o B-2A Spirt, mas, até então não havia um caça de superioridade aérea. Em seguida o avião passou por um longo processo de desenvolvimento, ganhando novas capacidades e se tornando um avião multimissão, inclusive sendo capaz de substituir o F-117.
Em setembro do mesmo ano, o F-22 Raptor fez seu primeiro voo, que foi seguido de vários e extensos testes. Oito anos depois, em 2005, o primeiro caça de 5º geração do mundo entrara em operação na Usaf.
25 years of the F-22 Raptor! #RAPTOR25
— Air Combat Command (@USAF_ACC) April 8, 2022
The F-22’s contributions to air superiority played a key role in providing combat air power as the @usairforce's 1st 5th gen fighter aircraft. 2022 is a landmark year as the Air Force turns 75, ACC turns 30, and the F-22 turns 25! #ReadyAFpic.twitter.com/gDhUnQ4Ew2
Hoje, a força aérea norte-americana conta com dois caças de 5º geração: o F-22 Raptor e o F-35 Lightning II. Contudo, mesmo com o F-35 entrando na ativa, o Raptor ainda continua como o mais poderoso do arsenal aéreo norte-americano. O F-35 embora mais moderno tecnologicamente, possui capacidades relativamente inferiores, mas acima da média mundial.
No cenário internacional o F-22 deu origem a uma corrida pela 5ª Geração, com o surgimento do russo Sukhoi Su-57 Felon e o chinês Chegndu J-20. Outros dois caças estão em desenvolvimento na Rússia e China.
A frota é reduzida, não chegando a 200 unidades, isso porque o valor para o desenvolvimento do caça foi muito alto, o que não agradou o congresso. Além disso, havia a expectativa que ele não seria capaz de operar de forma isolada, o que exigiu realocar recursos no F-35, que seria o caça de maior volume de produção e de operação.
Recentemente, foi divulgado o orçamento fiscal da Usaf para 2023, que entre mais aquisições de caças F-15EX e F-35 foi revelado que a força aérea dos EUA planeja tirar de serviço 33 unidades do Raptor. A redução aconteceria nas aeronaves mais antigas que não estão na linha de frente da defesa aérea.
Mas isso não significa o fim do famoso Raptor, isso pelo motivo que uma grande atualização deverá ser feita. Pouco se sabe sobre essa modernização, mas a previsão é que seja concluída em 2031.
Entre as supostas atualizações no F-22 Raptor está a aquisição de um capacete com mira para os pilotos. Vale considerar que o avião é o único da força aérea que não dispõe de um capacete com essa tecnologia, algo que já ocorre com os F-15, F-16 e o também furtivo F-35A. Uma das explicações é que quando o F-22 foi desenvolvido este tipo de capacete ainda estava em estudos e não valia o risco de agregar uma tecnologia inicial em um caça que já contava com uma série de recursos inéditos.
Outro sistema cogitado, é a instalação do sistema de busca infravermelho de longo alcance IRST, no entanto, um completo estudo deverá ser feito, pois o recurso terá que ser compatível com os vários sistemas de perfil furtivo já instalados no avião de combate.
Ainda existe a possibilidade de drones serem monitorados e controlados a partir do caça. Também foi relatado um novo sistema de navegação alterativo ao GPS e demais modificações.
Então, o F-22 que ainda é considerado o número um do mundo, mesmo já acumulando um quatro de século de seu rollout, ainda vai perdurar como o líder pelo menos até a próxima década.
Um marco importante do F-22 Raptor foi toda uma doutrina e filosofia para os caças de quinta geração do mundo, que certamente serve de pesquisas não só dentro dos Estados Unidos, mas para países que querem seus próprios vetores de próxima geração e mesmo nações hostis aos interesses norte-americanos, como Rússia e China.
O F-22 se tornou um divisor de águas na história do combate aéreo no mundo. Porém, ainda hoje o modelo não realizou nenhuma missão onde abateu uma aeronave inimiga, realizando apenas missões de ataque.
Por André Magalhães
Publicado em 08/04/2022, às 15h55
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