O voo ilegal com um Beechcraft Bonanza pode render até 10 anos de prisão e multa milionária
Um piloto com licença apenas de estudante furtou um Beechcraft Bonanza A-36 de uma escola de aviação na Geórgia (EUA) e cruzou estados em um voo noturno e ilegal, sem transponder e sem autorização para operar a aeronave.
O caso ocorreu em maio de 2024 e, nesta quarta-feira (11), o responsável, Rufus Crane, de 27 anos, se declarou culpado em tribunal federal do estado da Geórgia pelo transporte interestadual da aeronave furtada
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), Rufus Crane possuía apenas uma licença de piloto estudante na época do incidente e não era habilitado para operar o modelo de aeronave utilizado. Além disso, o voo foi realizado à noite, sob nevoeiro, sem transponder e sem treinamento para voo por instrumentos (IFR).
A trajetória irregular de Crane incluiu uma parada em Waxhaw, na Carolina do Norte. Cerca de duas horas depois, ele decolou novamente e iniciou o voo de retorno, fazendo uma parada para reabastecimento.
Devido às más condições meteorológicas, não conseguiu pousar em Perry e desviou para o aeroporto municipal de Cochran. A aeronave foi finalmente devolvida à escola de aviação na manhã seguinte.
A investigação foi conduzida pela agência federal de aviação civil dos Estados Unidos (FAA), o Departamento de Transporte do país (DOT) e a polícia local, com apoio do Departamento de Justiça. Crane foi indiciado por uma acusação de transporte interestadual de aeronave furtada, crime que pode resultar em até dez anos de prisão, além de três anos de liberdade supervisionada e multa de até US$ 250 mil (R$ 1,39 milhão).
Casos de furto de aeronaves, embora raros, já foram registrados anteriormente. Em 2023, um Cessna T206H foi roubado e colidiu na Argentina, resultando na morte de cinco pessoas. No mesmo ano, um Piper PA-15 Vagabond de 1948 foi furtado e destruído após ser incendiado na Califórnia.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 13/06/2025, às 09h26
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