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Crise italiana

Em meio à crise, Alitalia reduzirá sua frota como tentativa de continuar voando

Além da devolução de aeronaves, as rotas que ligam Roma para Santiago e Seoul serão descontinuadas


A companhia de bandeira italiana vem enfrentando uma grave crise que  dura mais de três anos. Como forma de reduzir os custos operacionais, a companhia devolverá um Boeing 777-300 e dois Airbus A330-200. As rotas para Santiago e Seul partindo de Roma, serão descontinuadas. 
De acordo com o jornal Corriere, a Alitalia está perdendo cerca de US$ 82.400 por dia ao voar para as capitais do Chile e da Coréia do Sul a partir do seu principal hub (Roma), o que levou a companhia a cortar as operações destes serviços. 

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Para o novo administrador da Alitalia, Giuseppe Leogrande, os cortes vieram por conta dos resultados financeiros que não corresponderam às expectativas da empresa sendo que  Santiago é o serviço mais distante realizado pela Alitalia em toda a sua rede, tendo o registro abaixo dos 120.000 de passageiros anuais em 2019 e com cada passageiro pagando em média 650 dólares, este voo que era operado pelos 777-200ER, gerou perda líquida de cerca de US$ 8,6 milhões  em 2018, cenário que continuou em 2019. 
A rota que liga Roma à Seul também contribuiu para os números negativos da companhia aérea; o voo de 9.000 km viu 80.000 passageiros a bordo em 2018, com cada passageiro pagando em média 488 dólares, com o A330 operando a rota. A Alitalia obteve prejuízos de US$ 13,8 milhões em 2018, repetindo o mesmo em 2019. 
Duas unidades do Airbus A330-200 e um Boeing 777-300 serão devolvidas
Com estas duas rotas menos rentáveis, a companhia perdeu mais de US$ 51 milhões entre 2018 e  2019. 
Apesar da Alitalia ainda não encontrar um comprador para reverter a sua situação, os administradores da companhia estão vendo estes cortes com bastante esperança após a companhia apresentar no ano passado resultados ligeiramente aprimorados. Caso a Alitalia faça mudanças bem planejadas para 2020, como cortes de rotas, poderá (quem sabe) sair desta situação preocupante ao longo prazo.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 26/02/2020, às 14h49 - Atualizado às 22h15


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