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Aviação Comercial

Brasil questiona subsídios do Japão a fabricante concorrente da Embraer

O país vai recorrer à OMC contra incentivos os dados à fabricação e à exportação de aviões comerciais da Mitsubishi Regional Jet


Mitsubishi MRJ

O Itamaraty informou que o Brasil vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios dados pelo Japão à fabricação e à exportação de aviões comerciais. Segundo o governo brasileiro, Tóquio estaria comprometendo o mercado e prejudicando as vendas da Embraer. Embora ainda não se trate de uma disputa comercial, o Brasil quer uma explicação sobre o dinheiro concedido pelo governo japonês à Mitsubishi Regional Jet, que, segundo as autoridades brasileiras, são subsídios ilegais e violariam as regras do comércio internacional. O tema não é recente, já que em 2009 o Brasil fez o mesmo pedido à OMC, solicitando informações sobre a forma como a ajuda era concedida e o valor negociado. Na ocasião, Tóquio alegou que os recursos eram para pesquisa e desenvolvimento.

A família MRJ é composta por duas versões, o MRJ 70 (70 a 80 passageiros) e MRJ 90 (86 a 96 passageiros). A previsão é que o modelo entre em operação em meados de 2017, mas o programa está atrasado e ainda não conquistou a confiança do mercado mundial. Atualmente apenas All Nippon Airways, SkyWest, Trans States Holdings e ANI Group encomendaram o jato japonês, que acumula apenas 160 pedidos para o MRJ 90 e nenhum para o MRJ 70, sendo este último justamente o que deve realizar o primeiro voo em 2015. Mesmo diante da desconfiança mundial, a meta do Japão é a de controlar uma a cada três encomendas mundiais desse segmento.

Redação
Publicado em 23/10/2013, às 15h14 - Atualizado às 15h19


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