Procedimentos serão similares ao adotados pelo Brasil, mas modelo só volta voar em janeiro
Air Canada deverá aplicar mudanças no treinamento e realizar extenso programa de manutenção antes de retomar voos com o 737 MAX
O Canadá autorizou a retomada dos voos com o 737 MAX após uma extensa revisão do projeto por parte dos técnicos do Transport Canada, a agência de aviação civil do país, que concluíram uma revisão independente sobre alterações no projeto.
A recertificação canadense era aguardada, seguindo a liberação de voo emitida pela FAA, dos Estados Unidos, e a Anac do Brasil. Com a decisão do órgão regulador, a Air Canada e Westjet poderão reintroduzir o avião na sua malha.
Contudo, a retomada dos voos com o 737 MAX deverá seguir a modificação de alguns sistemas nas aeronaves e uma completa revisão técnica, visando garantir a completa segurança operacional.
Com a validação, as restrições com o Boeing 737 MAX no Canadá deverá continuar na prática até janeiro de 2021, visto que a Transport Canada está trabalhando em conjunto com as operadoras aéreas na elaboração de um novo plano de segurança adicional. Os protocolos atuais devem incluir mudanças na manutenção e treinamento adicional para a tripulação.
No Canadá as duas empresas que operam com o avião deverão realizar uma ampla manutenção para garantir o seu retorno operacional visto o longo período de armazenamento que superou os vinte meses. Ainda será incorporado um novo currículo revisado no programa de treinamento de pilotos, que foi recém-aprovado pela Transport Canada.
O programa de treinamento incluiu um novo procedimento de cabine aprimorado, fornecendo aos pilotos a opção desativar o sistema de alerta intrusivo (stick shaker) caso o sistema seja acionado por uma falha do sensor de ângulo de ataque. O processo ainda prevê modificações na aeronave conforme especificado na Diretiva de Aeronavegabilidade (AD) canadense.
O Brasil foi o primeiro país a retomar os voos com o 737 MAX, após a Anac e a Gol trabalharem em conjunto com a Boeing e FAA para adiantar diversas fases da recertificação. Com um calendário antecipado e com um processo de armazenagem e revisão continuo, a Gol estava pronta para o retorno do avião de forma quase imediata.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 18/12/2020, às 17h00 - Atualizado às 17h59
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