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Não resistiu às incertezas

Viva Air anunciou a suspensão total das operações

Em nota, a low cost colombiana Viva Air anunciou a suspensão das operações, em meio a incertezas sobre a fusão com a Avianca


Nos últimos 10 meses, a companhia aérea viu sua situação financeira se agravar fortemente - Divulgação
Nos últimos 10 meses, a companhia aérea viu sua situação financeira se agravar fortemente - Divulgação

A low cost colombiana Viva Air anunciou, na noite de ontem (27), a suspensão de suas operações, com efeito imediato.

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Em nota, a companhia informou que a decisão foi tomada depois de uma decisão de reguladores locais reconhecendo que há interesses de vários terceiros sobre o seu pedido urgente para permitir a sua integração com um grupo de companhias aéreas mais forte, o que foi interpretado como “sem precedentes" e que resultará em mais atrasos pela definição pela aprovação da fusão com a Avianca, anunciada em abril de 2022 e inicialmente rejeitada.

Após mais de sete meses de atrasos por parte da entidade, a Viva apresentou inúmeros provas ao governo colombiano para demonstrar que se encontra numa situação financeira crítica, assegurando que a única maneira de continuar voando é que a Aeronáutica Civil permita que ela faça parte de um grupo de companhias aéreas mais forte e bem capitalizado. Por outro lado, a sua decisão de hoje põe em causa o futuro do serviço aéreo de baixo custo na Colômbia e põe em risco os empregos de mais de 5.000 colombianos, que direta e indiretamente dependem da Viva”, diz um trecho da nota.

No início da madrugada de hoje (28), a Aerocivil se manifestou defendendo as decisões tomadas pelo regulador, ratificando o principal motivo do entrave da fusão, que é o risco à concorrência no setor aéreo colombiano, e finalizou dizendo que “velará especialmente em respeito aos direitos dos passageiros afetados”.

Desde que a negociação entre a Viva Air e a Avianca foi anunciada, duas companhias aéreas demonstraram interesse pela low cost, em meio às incertezas sobre o futuro da união: a JetSmart, que formalmente tem um pedido de abertura de filial na Colômbia, e a Latam Airlines, porém, somente a primeira efetivou uma proposta que foi, posteriormente, rejeitada. 

No último dia 13, a Viva Air entrou com um processo de insolvência, tendo que regularizar, até maio, suas dívidas e estabelecer condições operacionais e de fluxo de caixa que viabilizem sua manutenção no mercado, porém, com a decisão de hoje, poderá inviabilizar o seu retorno.

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Por Marcel Cardoso
Publicado em 28/02/2023, às 08h30


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