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Risco à concorrência

Colômbia barrou fusão da Avianca com a Viva Air

Autoridade da aviação civil da Colômbia barrou fusão da Avianca com a Viva Air


Companhias aéreas terão dez dias para recorrer da decisão, que alertou sobre riscos do ponto de vista comercial - Divulgação
Companhias aéreas terão dez dias para recorrer da decisão, que alertou sobre riscos do ponto de vista comercial - Divulgação

Reguladores da aviação civil da Colômbia deram hoje (8) um parecer negativo à fusão da Avianca com a Viva Air, anunciada no fim de abril.

O estudo apontou que o negócio representa um risco à concorrência para a aviação comercial do país, prejudicando os passageiros. O documento também aponta que a união das companhias aéreas iria representar cerca de 94% do mercado colombiano, o que representaria um retrocesso aos níveis alcançados há sete anos.

A Viva, que tem sido um player relevante no mercado colombiano, revigorou a concorrência no setor e se tornou uma alternativa valiosa para os consumidores colombianos e regionais, desapareceria como concorrente independente. “Outros concorrentes enfrentariam novas dificuldades para crescer ou entrar em mercados afetados por maiores barreiras de entrada e maior poder de mercado", segundo a Aerocivil, o equivalente, em suas atribuições, à Anac no Brasil.

O parecer não é o fim da linha para as duas companhias aéreas, já que elas podem propor ações que mantenham a livre concorrência aos reguladores. Em agosto, foi pedida urgência na aprovação da fusão, por conta de problemas financeiros enfrentados pela Viva Air. Este empecilho foi levado em conta pela Aerocivil no parecer, visto que as partes não provaram que esta crise não possa fazer com que a marca suma do mercado, privilegiando, no fim, a Avianca.

O presidente e CEO da Avianca, Adrian Neuhauser se manifestou: "Estamos preocupados com a decisão, pois ela vai contra as necessidades do país e ignora o efeito potencial que o desaparecimento da Viva teria sobre os usuários e o mercado. A Avianca reitera sua disposição de participar ativamente do resgate da Viva, procurando manter a conectividade para os viajantes, fortalecer o turismo e preservar o emprego formal".  

As partes têm 10 dias para recorrer da decisão, mas elas foram alertadas pelos reguladores que somente aceitarão condições que não prejudiquem a livre concorrência.

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Por Marcel Cardoso
Publicado em 08/11/2022, às 19h30 - Atualizado em 09/11/2022, às 05h20


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