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Nova aposta no rodoaéreo

Itapemirim anuncia que pretende voltar ao setor aéreo

Empresa do setor rodoviário receberá aporte de US$ 500 milhões de fundo dos Emirados


Empresa rodoviária promete voltar a investir no setor aéreo após 20 anos

A Itapemirim anunciou um aporte de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões) de um fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, que será utilizado para criação de uma nova empresa aérea no grupo.

De acordo com Sidnei Piva, presidente da Itapemirim, o objetivo é criar um serviço inovador no transporte aéreo, permitindo integrar o modal terrestre, com os ônibus do grupo, com o aéreo. A expectativa é receber o primeiro avião de passageiros em meados de 2021.

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Além de poder unificar em um conceito o ônibus com o avião, a empresa espera também se beneficiar o transporte de cargas expressas por via aérea. De acordo com a Folha de São Paulo, a Itapemirim teria negociado 35 aeronaves com a Bombardier, sendo 15 aviões com capacidade para 80 passageiros e outros vinte com 100 assentos. Entretanto, nessa faixa de assentos estão os regionais CRJ, atualmente pertencentes a Mitsubishi, que adquiriu o programa da Bombardier no ano passado. Além disso, os aviões possuem pouca capacidade de carga limitando um eventual uso dos porões para carga expressa.

A Itapemirim até meados dos anos 2000 operou uma empresa cargueira, com uma frota composta pelo Boeing 727F, mas a crise cambial enfrentada pelo país em 1999 tornou inviável a manutenção das atividades.

Itapemirim pode ter fechado acordo para aquisição das aeronaves da família CRJ 

O conceito de integrar aviões e ônibus chegou a ter seus momentos no Brasil entre o final dos anos 1990 e meados de 2000. A BRA, acrônimo de Brasil Rodo Aéreo tentou viabilizar a unificação dos dois modais aéreos, contando inicialmente com apoio da Varig, através da agência Rotatur. Na ocasião o modelo se mostrou pouco eficiente e a situação fragilizada da Varig comprometeu o projeto.

A Itapemirim faz parte de um grupo de empresas brasileiras que estão em missão de negócios nos Emirados Árabes Unidos. A missão brasileira tem objetivo de capitalizar uma série de negócios, obtendo apoio e financiamento com bancos e empresas árabes. Segundo dados oficiais, as empresas participantes da viagem fecharam negócios na ordem de US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões).

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 13/02/2020, às 11h30 - Atualizado às 12h29


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