Uma das maiores apostas da companhia aérea americana Boeing está em sua aeronave 787. Nem o mais pessimista dos analistas, no entanto, poderia imaginar a quantidade de problemas que o Dreamliner enfrentaria. Graves defeitos no sistema de baterias e falhas reportadas nas asas arranharam a imagem do que seria uma inevitável fonte de lucro para a companhia. Até agora, porém, as expectativas não se confirmaram. Para cada avião entregue no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a Boeing perdeu US$ 30 milhões. Segundo analistas, o 787-9 pode ser um alívio para o projeto, já que possui mais de 500 pedidos, o que representa 46% do total de encomendas da família Dreamliner. “Em 2016, a companhia deve aumentar a sua produção mensal de 10 para 12 aeronaves”, afirma Stephen Levenson, analista-chefe da corretora Stifel, nos Estados Unidos. “Aí o lucro deve dar as caras”. O mercado tem apostado na recuperação do 787, neste ano. As ações da companhia tiveram alta de 9,6% no acumulado de 2015.
Por André Jankavski
Publicado em 15/07/2015, às 00h00 - Atualizado às 02h50
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