Empresa deverá poupar anualmente mais de US$ 1,2 bilhão em custos operacionais
Voos da Qatar Airways poderão seguir rotas mais curtas através do espaço aéreo de nações vizinhas
Após um novo acordo diplomático entre o Catar e seus vizinhos, a Qatar Airways poderá reduzir seus custos operacionais em mais de US$ 1,2 bilhão por ano.
Com a reabertura dos espaços aéreos da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein, a Qatar não será mais obrigada a desviar seus voos, que estavam impedidos de sobrevoar estes países.
Durante entrevista do presidente da Qatar Airways, Akbar al-Baker, a reconciliação do Golfo permitirá a empresa voar rotas mais curtas e diretas. Além da redução de tempo, haverá considerável melhorias nos custos operacionais.
Ainda antes da reconciliação, a Qatar Airways havia exigido dos países vizinhos ao Catar uma série de compensações financeiras. O protesto está baseado nos acordos da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês) e que foi julgada em favor da companhia aérea.
Excluindo casos de conflito ou países que não seguem nenhuma lei internacional, o espaço aéreo não pode ser fechado para uma empresa ou aeronaves de determinado país. A proibição de voos da Qatar Airways foi uma forma de pressionar Doha a negociar com as nações do Golfo.
O bloqueio do Golfo começou em meados de 2017, quando a Arábia Saudita acusou formalmente o Catar de patrocinar o terrorismo. O governo de Doha também sofreu pesadas críticas por sua aliança com o Irã, país considerado inimigo da maioria das nações árabes da região.
Desde então, os aviões da Qatar Airways eram obrigados a sobrevoar o Irã ou áreas internacionais para sair ou chegar de Doha, ampliando consideravelmente o tempo de voo.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 05/02/2021, às 15h00 - Atualizado às 16h14
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