Presidente da VoePass afirmou que aeronave passou por revisão em Ribeirão Preto antes de tragédia
O presidente da Voepass, José Luiz Felício Filho, informou na Comissão Externa da Câmara que o ATR-72 acidentado em Vinhedo (SP) em agosto estava com o sistema operacional após revisão realizada no dia anterior. Aos deputados, Felício explicou que o avião foi revisado na base de Ribeirão Preto e operou normalmente em voos antes do acidente.
Durante a audiência, o presidente da empresa esclareceu dúvidas sobre o sistema de degelo do ATR, apontado em relatório preliminar do Cenipa. Conforme o documento, a tripulação teria enfrentado dificuldades com o sistema, mas não declarou emergência para alternar o pouso. Segundo o executivo, em situações adversas, o piloto poderia descer de altitude para reduzir a formação de gelo.
Felício afirmou que a Voepass realizou mudanças internas após o acidente e reiterou que os pilotos tinham treinamento para operar em condições de gelo. O presidente frisou que a companhia coopera com as investigações, mas evitou especular sobre as causas, aguardando o relatório final do Cenipa para uma análise completa dos fatores envolvidos.
Na teoria, o Cenipa tem até um ano para concluir o relatório, que se limita a apontar fatores contribuintes sem responsabilizar indivíduos. Em paralelo, a Polícia Federal apura o acidente, podendo determinar culpados e realizar outras diligências criminais, se houverem.
Por Micael Rocha
Publicado em 30/10/2024, às 17h10
+lidas