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Sem risco, mas uma falha grave

Pilotos indianos assumem voos comerciais após terem sido demitidos

Falha interna na Air India permitiu que funcionários recém-desligados fossem escalados para voar


Erro interno permitiu pilotos da Air India voarem mesmo após terem sido demitidos

De acordo com o sindicato de pilotos da Índia uma falha burocrática levou alguns pilotos continuarem voando na Air India mesmo após terem sido desligados formalmente da empresa. O problema supostamente ocorreu por apenas um dia, mas afetou aviadores que foram escalados e pilotaram quando já estavam oficialmente fora dos quadros de funcionários.

O problema teria sido ocasionado por uma falha no processo interno da Air India. Em meados de julho de 2019 um grupo de pilotos pediu demissão, tendo retirado o pedido dentro de seis meses, o prazo legal da lei trabalhista indiana.

Ao serem reincorporados os pilotos voaram por mais alguns meses, mas a grave crise gerada pela pandemia de covid-19 levou a Air India iniciar uma série de cortes emergenciais. Alguns aviadores estavam no grupo de rescisão, onde a carta de demissão tinha efeito imediato, o que ocorreu no último dia 13 de agosto.

Porém, alguns voaram no dia 14, mesmo demitidos e legalmente proibidos de assumir suas funções. Além disso, por lei internacional sequer poderiam ter ingressado na área restrita dos aeroportos.

Acredita-se que parte da confusão ocorreu após os pilotos que se demitiram em 2019 terem sido recontratados. Uma falha interna manteve os nomes nos sistemas de controle de funcionários, pois eles haviam sido recém-admitidos.

A Air India não comentou o fato de alguns profissionais terem voado após terem sido demitidos, mas afirmou que “não requer mais os serviços desses pilotos e agora aceitou suas demissões”.

O sindicato de pilotos indiano afirmou que mesmo sem afetar a segurança de voo, a operação foi irregular e poderia ter causado prejuízo aos passageiros. Alguns analistas consideram o caso grave, pois o psicológico dos pilotos pode ter sido afetado, comprometendo o julgamento correto da operação.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 19/08/2020, às 17h00 - Atualizado às 17h42


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