Pilotos de ensaio da FAB foram os responsáveis pelo primeiro voo dos Gripen no Brasil
Os pilotos de ensaio em voo da Força Aérea Brasileira detalharam, em um vídeo publicado pela Saab, como foi o primeiro voo dos Gripen F-39E no Brasil.
No depoimento, os aviadores relataram que fizeram um planejamento especial da rota para o translado, incluindo um voo do trajeto no simulador, onde ainda treinaram alguns procedimentos de emergência.
O major Abdon informou que após a decolagem juntou-se ao líder da formação, o tenente-coronel Cristiano, e ambos subiram pra o nível 290 (29.000 pés) e fizeram o voo de cruzeiro até o destino com Mach 0.8 (aproximadamente 990 km/h).
No dia 6 de abril, os primeiros caças F-39E, de produção em série, voaram do aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina, até o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), na unidade da Embraer, em Gavião Peixoto, São Paulo.
O voo durou aproximadamente 50 minutos e aconteceu conforme o planejado. Tanto o major quanto o tenente-coronel disseram que se sentiram gratos pela missão e por fazerem parte de um marco para a FAB.
No GFTC os caças vão passar por um complexo processo de testes para obter o Certificado de Tipo Militar. Após isso, os Gripen irão para seu novo lar, a base aérea de Anápolis, em Goiás, para as etapas finais da fase de entrega e início do processo de desenvolvimento de doutrinas operacionais.
A FAB recebeu suas quatro primeiras unidades operacionais em novembro de 2021. Os caças foram entregues formalmente na fábrica da Saab em Linköping, Suécia. O envio das outras duas aeronaves deverá acontecer ainda neste semestre.
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— Saab do Brasil (@saabdobrasil) April 11, 2022
O Saab Gripen NG foi selecionado pelo Brasil em 2013, quando concorria com o norte-americano Boeing F/A-18 Super Hornet e o francês Dassault Rafale, dentro do Programa F-X2 – que visava a renovação da aviação de caça do Brasil. Ao todo, a FAB terá 36 unidades do caça, sendo 28 da versão E (monoposto) e oito da versão F (biposto).
O ponto chave da escolha do Brasil é a transferência de tecnologia, isso significa que o país terá acesso e participação no desenvolvimento dos aviões. Exemplo disso é a produção de componentes no Brasil que já está em andamento, ou então a produção da versão biposta totalmente em território nacional.
Por André Magalhães
Publicado em 14/04/2022, às 12h22
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