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Preocupação na aviação geral

Associação tenta suspender próximo leilão de aeroportos

Associação acionou o TCU para tentar suspender leilão, alegando risco à operação da aviação geral em Congonhas


Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pode se tornar inviável para a aviação geral, segundo a Abag - Infraero/Divulgação
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pode se tornar inviável para a aviação geral, segundo a Abag - Infraero/Divulgação

A Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) entrou com um pedido no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, para suspender o próximo leilão de concessões aeroportuárias, previsto para acontecer até junho, por conta de empecilhos à aviação geral no aeroporto de Congonhas (CGH), em São Paulo, que está incluso no certame, juntamente com outros 13 terminais.

Segundo o Diretor Executivo da Abag, Flávio Pires, há o temor de que as operações de aviação geral se torne inviáveis em CGH, um dos maiores centros do setor, segundo o modelo proposto pelo Ministério da Infraestrutura.

Do jeito que está, após a concessão, São Paulo será a única grande capital do mundo sem um aeroporto central que viabilize a aviação de negócios, o fretamento executivo e corporativo, o socorro aeromédico, entre outras aplicações da aviação geral”, afirma o gestor da associação. “As opções de aeroportos na região ou são muito distantes dos centros de negócios e hospitais ou, ainda, não consideram a inviabilidade técnica do Aeroporto de Campo de Marte, que opera com várias restrições e que não tem uma infraestrutura mínima para atender a demanda, ou mesmo permitir a operação de aeronaves de alto desempenho”.

Pires ainda citou que a previsibilidade, nos futuros contratos, de que as operações da aviação de negócios operem dentro de slots de oportunidade, quando na realidade isso se torna inviável ao ocorrer qualquer imprevisto nas operações em Congonhas, como em caso de condições climáticas, especialmente durante os meses mais chuvosos do verão. “Na aviação é fundamental ter previsibilidade de horários para decolagem e pouso, o que não está atendido nos estudos para a concessão”, argumentou.

Como o AERO Magazine vem informando há algumas semanas, a 7ª rodada de concessões de aeroportos tem sido marcada por polêmicas envolvendo o modelo dos leilões, começando pelo do terminal carioca do Santos Dumont (SDU), que acabou por ser desmembrado, fazendo com que o certame tivesse um novo arranjo.

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Marcel Cardoso
Publicado em 13/04/2022, às 17h55


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