Compilamos os melhores jatos leves ainda em produção e que são os favoritos dos operadores do agronegócio
Ao longo das últimas décadas, especialmente entre as décadas de 1970 e 1980, o perfil do campo no Brasil passou por transformações significativas. Nas últimas três décadas com investimentos em pesquisa e a abertura de mercados internacionais ocorreu uma forte modernização do campo, que passou a movimentar grandes receitas anuais e hoje representa boa parte do Produto Interno Bruto brasileiro.
Antes mesmo do boom das commodities o avião já era visto como uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento das atividades rurais no Brasil, em uma época que não havia nem mesmo o termo agronegócio.
À medida que os negócios avançam (e com eles as distâncias e horários para cumprir compromissos importantes), o produtor rural tem deixado de lado os monomotores e bimotores a pistão, que se notabilizaram no interior do Brasil, optando por aviões de maior desempenho e alcance, sobretudo os jatos leves e os jatos muitos leves (VLJ, na sigla em inglês).
A AERO Magazine elencou os jatos mais comuns no agronegócio brasileiro. Porém, considerando que a lista de opções no mercado é extensa, relacionamos apenas os aviões em produção.
Evolução da família Citation Jet 1 ou CJ1, o M2 é a proposta da Cessna para os clientes de jatos leves de entrada. Lançado em 2013, obteve boa aceitação no mercado e a nova geração, batizada de M2 Gen2, apresenta melhorias tecnológicas e de design, incluindo um interior redesenhado e sistemas de bordo atualizados.
A Cessna destaca que essas atualizações visam atender às demandas crescentes por conforto e conectividade dos operadores da aviação executiva.
Lançado nos anos 2000, mas com entregas começando apenas em 2016, o Cirrus SF-50 Vision Jet marca a entrada da Cirrus no mercado de jatos executivos. O Vision Jet se tornou o primeiro jato de negócios monomotor certificado, o que ocorreu após a tentativa de inúmeros outros fabricantes.
Com capacidade para até sete ocupantes, o SF-50 se destaca pelo design inovador e pela incorporação de um paraquedas balístico, um dos seus argumentos de vendas. Um dos pontos negativos que operadores do Vision Jet de primeira geração mais reclamam é a performance de decolagem, especialmente no peso máximo (2.727 kg) e em locais com altitude densidade alta. A nova geração, chamada de G2, melhorou o desempenho e ainda agregou uma série de melhorias também no acabamento.
Inovação foi um dos principais focos dos projetistas da Honda, que começou pela aerodinâmica avançada. O HondaJet voou pela primeira vez em 2003, mas só foi certificado pela FAA em 2015.
A aeronave é notável por seu design distinto, batizado pela Honda de OTWEM (Over-The-Wing Engine Mount), que significa literalmente que os motores são montados acima das asas – uma inovação que reduz o arrasto, diminui vibrações e o ruído interno, além de melhorar a eficiência de combustível. Embora não seja inétido o uso de motores sobre as asas, a Honda Aicraft criou uma solução única.
Desde sua chegada ao mercado brasileiro, o HondaJet se tornou reconhecido por sua combinação de velocidade, eficiência e conforto. O senão, o avião ainda não obteve vendas expressivas no mercado nacional. Atualmente, existem apenas cinco aviões voando no Brasil e mais dois com reserva de marcas.
A Embraer lançou o Phenom 100 EX como uma evolução do Phenom 100, modelo que entrou em operação em 2008. O modelo EX, a mais recente, apresenta melhorias significativas em relação ao seu antecessor, a EV, incluindo maior autonomia de voo e capacidade de carga.
Outra melhoria foi na aviônica, como o novo sistema Prodigy Touch, contando com o opcional do Sistema de Alerta e Conscientização sobre Excursão de Pista (ROAAS, na sigla em inglês).
Desde o lançamento a família Phenom a Embraer tem trabalhado para oferecer melhorias em seu jato de entrada, oferecendo novas opções de acabamento, cockpit mais atualizado e maior segurança, principalmente na hora do pouso. Aliás, nas unidades de primeira geração o sistema de frenagem sofreu diversas críticas, especialmente após diversos casos envolvendo a dificuldade de parar a aeronave e que foram reportadas pelos operadores.
*As informações gerais são oriúndas dos dados básicos fornecido pelos fabricantes, podendo existir diferenças entre versões, número de série ou personalização das aeronaves.
Consulte os representantes locais para informações mais detalhadas e precisas.
Por Micael Rocha
Publicado em 13/08/2024, às 13h00
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