AERO Magazine
Busca

Logística diferenciada

Os desafios para a execução de obras em aeroportos no meio da Amazônia

A execução de obras de modernização em aeroportos na Amazônia representam um desafio para empresas de engenharia


O envio de insumos, na maioria dos casos, somente é feito por balsas que levam até 20 dias até chegarem ao destino - Vinci Airports
O envio de insumos, na maioria dos casos, somente é feito por balsas que levam até 20 dias até chegarem ao destino - Vinci Airports

As obras de modernização em aeroportos na Amazônia têm sido desafiadoras para a logística do transporte de insumos necessários para as intervenções.

Em Tefé (TFF), a 575 km a oeste de Manaus, e Tabatinga (TBT), na fronteira do Brasil com a Colômbia, a maior parte dos materiais é transportada por balsas ou barcas, cujo deslocamento pode levar até 20 dias, dependendo da vazão do Rio Solimões.

Por conta disso, todo o cronograma de obras precisa ser pensado e estudado, levando em conta esse transporte e todo o desafio climático envolvido, já que durante cerca de oito meses do ano, a região enfrenta um período de chuvas e cheias.

Em TBT, há ainda uma peculiaridade. Índios da etnia Ticuna precisam cruzar a área do aeroporto para acessarem sua área de cultivo. Para isso, a empresa de engenharia responsável pelas intervenções desenvolveu um projeto de sinalização de segurança, no idioma da comunidade, facilitando a comunicação e reduzindo possíveis interferências na sua rotina. Uma das funcionárias é pertencente à aldeia e é responsável pela interação com a comunidade.

Estamos diante de um desafio logístico complexo e singular, especialmente nos aeroportos de Tefé, Tabatinga e Cruzeiro do Sul, onde a ausência de acesso rodoviário convencional demanda estratégias diferenciadas", disse Tiago Fernandes, gerente de contratos da Passarelli Engenharia.

Os três aeroportos são administrados pela Vinci Airports Brasil.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 22/09/2023, às 14h49


Mais Notícias