As operações aéreas da FAB foram intensificadas no estado gaúcho após as severas inundações na região
A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou as operações aéreas no Rio Grande do Sul devido às severas enchentes que atingiram a região. Desde o início de março, a FAB registrou um aumento significativo no número de movimentos aéreos na área, totalizando até hoje (10), 1.429 operações.
Com o fechamento do aeroporto internacional Salgado Filho (POA), em Porto Alegre, invadido pelas águas das enchentes, a base aérea de Canoas assumiu um papel crucial, hospedando tanto missões humanitárias quanto voos comerciais.
"Desde que as operações de resgate começaram, nossa base tem trabalhado incansavelmente para garantir que ajuda e recursos cheguem a quem precisa", informou um porta-voz da FAB.
Até a última quinta-feira (9), pelo menos quatro voos operados por empresas aéreas brasileiras pousaram na base aérea de Canoas, trazendo não só passageiros, mas também equipamentos vitais, donativos, água e alimentos para as vítimas das enchentes.
O controle de tráfego aéreo tem sido gerenciado pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canoas (Dtcea-CO), que opera sob a jurisdição do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) através do Cindacta II. A Base Aérea de Canoas (BACO) trabalha em conjunto com o Controle de Aproximação de Porto Alegre (APP-PA) e a Torre Canoas (TWR-CO) para coordenar as operações.
O Capitão Aviador Carlos Emilião Pinto, comandante do Dtcea-CO, falou sobre a intensidade das operações aéreas: "Antes das operações humanitárias, a base registrava cerca de trinta movimentos diários. Apenas no dia 8 de maio, observamos 288 movimentos aéreos, um número que reflete a escala da nossa resposta às necessidades urgentes da comunidade".
A interdição de POA está prevista para durar até o próximo dia 30 de maio.
Por Micael Rocha
Publicado em 10/05/2024, às 23h21
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