Sistema utiliza células vivas e sensores de silício para reconhecer ameaças químicas e biológicas
Sensores (em destaque nos bagageiros) poderão ter uma série de aplicações na aviação e no cotidiano
A Airbus e a Koniku avançaram no desenvolvimento de um sistema capaz de reconhecer por ‘cheiro’ riscos risco biológicos, bem como ameaças químicas e explosivas. Considerado um farejador eletrônico, o dispositivo utiliza sensores de silício reforçados por células vivas para detecção de risco.
Estes novos sensores deverão funcionar como substitutos de cães farejadores em alguns acasos, com base no poder de detecção e quantificação de odores indetectáveis pelo nariz humano, devendo atender a rigorosos requisitos regulatórios operacionais de segurança aeroportuários e sanitários.
Quando acionado o sistema produz um sinal de alarme ao entrar em contato com moléculas de composições catalogadas como perigosas, como explosivos ou substâncias ilícitas. Os desenvolvedores afirmam que estão desenvolvendo maneiras do novo sensor detectar riscos biológicos (vírus contagioso), baseado na necessidade gerada pelapandemia do novo coronavírus, trazendo assim uma solução também para área médica.
A Airbus e a Koniku firmaram um acordo de cooperação em 2017, aproveitando as soluções e conhecimentos tecnológicos da fabricante de aeronaves europeia na integração de sensores em aviação e defesa, juntamente com a experiência da Koniku em biotecnologia em organismos voláteis de detecção de compostos. Os primeiros sensores deverão ser implementados em diversos aeroportos até o quarto trimestre deste ano.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 09/05/2020, às 08h00 - Atualizado em 13/05/2020, às 09h39
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