Contrato com Portugal tem potencial para fortalecer a cooperação industrial com Portugal e ampliar presença da Embraer na Europa.
A Embraer concluiu o voo de translado dos três primeiros A-29N Super Tucano para Portugal. Os aviões pousaram em Alverca do Ribatejo, distrito de Lisboa, e serão preparados pela Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA), para receber sistemas que permitirão operação em conformidade com os requisitos da Força Aérea Portuguesa (FAP) e da OTAN.
O programa do A-29N (padrão OTAN) será realizado em parceria com a OGMA, controlada pela Embraer desde 2005 e integrada à sua cadeia global de manutenção e modernização. Os Super Tucano são produzidos no Brasil, recebendo apenas equipamentos básicos, seguindo para Portugal onde sistemas adicionais serão instalados.
Em Portugal as aeronaves desempenharão funções de treinamento avançado e poderão ser empregadas em operações de vigilância, apoio aéreo aproximado e missões de patrulha.
Segundo João Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, a aquisição amplia o espaço para cooperação entre as indústrias de Portugal e Brasil. Além disso, a FAP opera o KC-390 Millennium, sendo o primeiro país membro da OTAN a receber o modelo
"Temos certeza de que estas aeronaves contribuíram ainda mais para a modernização da frota portuguesa e para uma cooperação mais ampla com a indústria local", afirma Bosco da Costa Junior.
O A-29 Super Tucano é um dos principais produtos da Embraer na aviação de defesa. Desenvolvido no Brasil, o turboélice está em serviço em 22 forças aéreas e acumula mais de 600 mil horas de voo.
Projetado como plataforma multimissão, o A-29 pode executar uma ampla variedade de missões, como treinamento avançado de pilotos, apoio aéreo aproximado (CAS), patrulha aérea, interdição de alvos, treinamento de controladores aéreos avançados (JTAC), vigilância de fronteiras e escolta aérea.
Para Portugal, a incorporação dos A-29N tem valor estratégico, pois ampliará a capacidade de treinamento e operação da FAP em cenários multinacionais, dentro dos padrões exigidos pela OTAN, além de fortalecer o desenvolvimento da indústria nacional. O movimento também reforça a presença da Embraer no mercado de defesa europeu.
Com o envio das três primeiras unidades, a Embraer dá início a um cronograma que prevê a expansão gradual da frota da FAP.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 01/09/2025, às 12h35
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