Monomotores turboélices ganham cada vez mais mercado

Comprar um avião é uma decisão complexa. Para ser tomada adequadamente, um estudo prévio deve ser conduzido por alguém que entenda de aviação e conheça em detalhes as necessidades de quem vai operar a máquina.

Nos últimos anos, quando falamos de aeronaves turboélices– com motores a turbina e hélices –, que são capazes de operar em pistas não preparadas, essa decisão tem caminhado na direção de aeronaves com um motor, ou monomotoras.

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A oferta de diferentes opções no mercado aliada à confiabilidade cada vez maior dos motores aeronáuticos faz com que a escolha de um monomotor deixe de ser uma decisão arriscada quando comparada à de um bimotor. 

Monomotor ou bimotor? 

Depois de optar pelo turbo-hélice, é preciso decidir entre modelos com um ou dois motores. Há alguns anos, essa decisão não exigia muita análise, a opção pelos bimotores era quase automática em função da aparente segurança adicional que a presença de dois motores confere ao avião. 

Entretanto, com o passar dos anos, os motores utilizados em aeronaves turboprop monomotoras – em inglês, Single Engine Turboprop (SETP) – atingiram níveis de confiabilidade muito altos, fazendo com que a questão de aumento de segurança deixasse de ser significativa. A decisão agora se baseia em número de assentos, velocidade de cruzeiro, consumo, performance de decolagem e pouso, além do custo operacional. 

Concorrentes 

Caso a decisão tenha sido um avião monomotor, as opções nesse segmento têm aumentado, e hoje é possível encontrar aviões monomotores em um amplo espectro de configurações.

*O Beechcraft Denali ainda não foi certificado (TBD a ser definido)

Os aviões apresentados na tabela são os principais concorrentes no mercado. Pode-se observar que o Pilatus PC-12 é o que possui a maior capacidade de carga paga e o maior alcance. Entre os modelos disponíveis para venda no Brasil, o TBM 960 é quem entrega a maior velocidade de cruzeiro enquanto o custo operacional do Piper é menor do que o dos outros aviões da categoria.

Já o Epic, feito com fibra de carbono, que deverá ser certificado em breve no Brasil, voa mais alto, atingindo um teto de 34 mil pés, mas tem o maior custo operacional.   

As aeronaves já certificadas e disponíveis no mercado possuem motor Pratt & Whitney PT6, um motor muito testado e utilizado em uma variedade enorme de aeronaves, com índices de confiabilidade excelentes, não por acaso é o preferido dos fabricantes nessa categoria. 

Essa confiabilidade superior é que permite que a decisão final passe por verificar dentre os principais modelos qual atende às necessidades do comprador, sem maiores preocupações com os níveis de segurança de um monomotor em comparação a aeronaves multimotoras.

Conclusão 

O mercado de aviões monomotores turboélice vem crescendo ano a ano. Nos Estados Unidos, eles já representam uma parcela significativa do mercado, principalmente entre as empresas de fractional ou de cartão de horas de voo. 

O avanço tecnológico e das técnicas de produção e manutenção dos motores turboélice permitiram que aeronaves monomotoras alcançassem índices de confiabilidade operacional similares aos das bimotoras. 

Seu custo operacional mais baixo e sua grande versatilidade são os fatores principais que estão levando os operadores a escolher um monomotor turboélice no momento da compra.

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