Prejuízo operacional do grupo ultrapassou 1,2 bilhão de Euros no primeiro trimestre de 2020
Maior parte da frota da Lufthansa está no chão desde o mês de março e perdas ultrapassaram 1,2 bilhão de Euros
A Lufthansa anunciou um prejuízo operacional em 1,2 bilhão de Euros para o primeiro trimestre de 2020, com queda nas receitas na ordem de 18% e alertou sobre a necessidade de uma assistência financeira governamental para poder sobreviver.
O documento publicado pela Lufthansa afirma o grupo não terá liquidez adicional nos mercados financeiros e dependerá de apoio estatal para poder retomar a normalidade das operações após a pandemia do coronavírus.
“Em vista da perspectiva dos negócios, dos passivos multimilionários existentes relacionados a contas a pagar, reembolsos de bilhetes cancelados, bem como dos pagamentos futuros de passivos financeiros, o grupo Lufthansa espera um declínio significativo de liquidez nas próximas semanas”, afirmou a empresa em comunicado.
O grupo Lufthansa está trabalhando em intensas negociações com os governos dos países onde possui filiais, buscando a efetivação de vários instrumentos de financiamento para garantir de forma sustentável a solvência em um futuro próximo.
Atualmente as negociações para ajuda governamental estão sendo feita com os governos da Alemanha, Áustria, Suíça, e Bélgica, países onde o grupo possui operação, com a Lufthansa, Austrian, Swiss e Brussels Airlines.
A empresa espera que a ajuda financeira estatal chegue em breve, como resposta ao apoio oferecido aos setores industriais desses países. A expectativa é que estes auxílios estejam disponíveis como patrimônio líquido.
O temor do mercado é que a liquidez da Lufthansa se esgote rapidamente em um momento que as empresas não conseguem arrecadar fundos por conta da crise. Atualmente a Lufthansa está operando apenas 2% da sua capacidade operacional, por conta da queda na demanda global.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 27/04/2020, às 12h00 - Atualizado às 12h35