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Prejuízo de Estado

Governo italiano deverá criar uma “nova” Alitalia em junho

Pandemia do Covid-19 acentuou a grave crise enfrentada pela empresa que deverá ser completamente estatizada


Crise gerada pelo coronavírus levou a uma redução de 87,5% na receita da Alitalia nos primeiros meses de 2020

A Alitalia poderá ser “recriada” em meados de junho, após o pico da pandemia. A empresa aérea, que é a maior da Itália, passa por uma grave crise e desde 2017 está sendo administrada por gestores nomeados pelo Estado italiano, mas agora poderá ser completamente estatizada.

O plano do governo é readequar a Alitalia para a nova realidade gerada após a crise gerada pelo COVID-19, que afetou especialmente a Itália. O projeto original de privatizar a fatia que ainda estava nas mãos do Estado deixou de ser viável e a situação se inverteu, sendo mais provável uma intervenção estatal. O movimento italiano ocorre em paralelo a uma onda de pedidos de socorro estatal no mundo. A alemã Lufthansa negocia apoio com quatro países onde mantém suas filiais, após prejuízo de 1,2 bilhão de euros no primeiro trimestre.

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Segundo o ministro da indústria, Stefano Patuanelli, a Alitalia deverá passar por uma nova readequação de frota e estrutura para evitar uma possível falência. A “nova” Alitalia irá recomeçar com uma frota de 90 aviões, reduzindo a atual frota de 113 aeronaves.

A companhia teve uma redução de 87,5% na receita nos primeiros meses de 2020, fazendo com que o governo italiano tenha que retomar o controle total da companhia como forma de impedir uma possível falência. O plano apresentado mostra que o governo italiano criará uma nova empresa em junho, após assumir 100% do capital da atual Alitalia. “Graças à intervenção do Estado a Alitalia será capaz de competir efetivamente assim que o setor se recuperar após a pandemia”, acrescentou o ministro Patuanelli.

A Alitalia ainda deverá rever sua participação na aliança Skyteam, especialmente após o fim do acordo de compartilhamento de voos com a Delta Air Lines no dia 24 de maio. A permanência em uma aliança global ou mesmo novos acordos com demais empresas aéreas dependerá da reestruturação final promovida pelo governo italiano.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 27/04/2020, às 11h00 - Atualizado às 12h39


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