Programa se tornou um dos mais importantes do fabricante italiano e se destaca por sua capacidade multimissão
AW139 se destaca no mercado de offshore graças sua grande capacidade de trasporte
A Leonardo comemorou o 20º aniversário do voo inaugural do helicóptero AW139. No dia 3 de fevereiro de 2001 o primeiro protótipo do helicóptero realizou um voo de 45 minutos iniciando os primeiros testes de aeronavegabilidade, controlabilidade em alta e baixa altitude, qualidades de pilotagem e subsistemas.
Logo o modelo biturbina médio se destacou por seu desempenho e capacidades, tornando-se uma nova referência de mercado e um dos mais importantes programas de helicópteros de nível internacional para a Leonardo.
Ao longo de duas décadas o AW139 recebeu uma série de melhorias, como maior peso máximo de decolagem, que passou de 6,4 para 7 toneladas. Outro destaque da aeronave é ser a única no mundo nessa classe que é capaz de continuar voando por mais de 60 minutos sem óleo na transmissão, o dobro do limite mínimo definido pelas regras de certificação.
No ano passado novos recursos diferenciados para o conjunto de aviônicos foram introduzidos, incluindo visão sintética, Sistema de Alerta de Proximidade do Solo Aprimorado com modos offshore, mapas 2D aprimorados e carregamento de dados sem fio, aumentando a consciência situacional da tripulação e reduzindo a carga de trabalho para operações noturnas ou em condições meteorológicas marginais.
AW139 durante seu primeiro voo, em fevereiro de 2001
O AW139 é um helicóptero de sete toneladas, amplamente utilizado em missões VIP em cidades, assim como serviços policiais e de resgate aeromédico. O modelo recebeu pedidos para quase 1.200 unidades, de mais de 280 clientes, em mais de 70 países em todos os continentes. A primeira entrega ocorreu no início de 2004, com a frota mundial somando mais de 3 milhões de horas de voo.
Dados do fabricante revelam que mais da metade da frota mundial do AW139 está empregada para tarefas de utilidade pública, como busca e resgate, ambulância aérea, patrulha policial, combate à incêndios, socorro em desastres e operações militares, com o restante voltados para transporte offshore, além de transporte VIP, institucional e corporativo.
Com presença em todos os continentes, cerca de 30% da frota do AW139 está concentradana Europa, onde sua capacidade de voar em ambientes de formação de gelo se destaca. Na sequência estão os mercados da Ásia e Oceania. Para atender a essa demanda, a Leonardo implantou diferentes linhas de produção, tanto na Itália, na fábrica de Vergiate, e nos Estados Unidos, na Filadélfia, que entregou cerca de 30% de todas as unidades produzidas até o momento e onde também serão produzidos os Boeing MH-139, com base no AW-193 para substituir a frota do UH-1N.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 05/02/2021, às 16h00 - Atualizado às 16h17
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