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Gigante dos sonhos

Gigantes cargueiros da Boeing apoiam combate ao coronavírus

Fabricante utilizou seus três Dreamlifter para transportar equipamentos de proteção da China para os EUA


Rara imagem mostrando os três Dreamlifter da Boeing alinhados na Carolina do Sul

A Boeing utilizou seus três 747 Dreamlifter para apoiar um conjunto de missões de transporte aéreo de equipamentos hospitalares utilizados no combate à COVID-19. Os aviões transportaram mais de 150.000 óculos de proteção e máscaras de proteção facial entre a China e os Estados Unidos.

A Boeing trabalhou em parceria com a Universidade de Medicina da Carolina do Sul (MUSC) para fornecer o equipamento de proteção individual (EPI) aos profissionais de saúde da linha de frente do hospital da universidade.

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"A entrega de hoje coloca equipamentos essenciais de proteção pessoal nas mãos dos profissionais de saúde da linha de frente da Carolina do Sul e ajuda o MUSC a apoiar ainda mais a comunidade durante a pandemia da COVID-19", disse o presidente e CEO da Boeing, Dave Calhoun. "Estou incrivelmente orgulhoso dos membros da nossa equipe da Boeing em todo o mundo por seu trabalho para ajudar a impedir a disseminação da COVID-19 e agradecido por nossos parceiros do governo e da indústria que se juntaram a nós na resposta à pandemia".

Carga especial foi armazenada nos porões do 747 Dreamlifter

O uso dos gigantes cargueiros ocorre em um momento que as principais unidades de produção da Boeing estão quase paralisadas, especialmente a linha de montagem do 787 Dreamliner na Carolina do Sul. Ainda que tenham sido utilizados os Dreamlifter, a carga foi acondicionada nos portões, não no piso principal criado para transportar componentes do 787. Entre os motivos está a disponibilidade dos porões, ainda existentes no avião, assim como a impossibilidade de armazenar os volumes no deck de cargas. Segundo especialistas da Atlas Air, operadora dos aviões, seria necessário desenvolver amarrações especiais para pequenos volumes, o que demandaria maior tempo para liberação dos voos.

Além disso, componentes do 787 foram transportados em uma parte da viagem, maximizando o uso do avião dentro da logística da Boeing. O fabricante custeou os encargos do transporte da missão, e ainda agendou voos adicionais para entregar um total de 400.000 unidades de EPI à MUSC, em um futuro próximo.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 12/05/2020, às 11h00 - Atualizado às 11h55


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