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Mudança na frota

Empresa regional da Air France opta por manter apenas o Embraer E-Jet na frota

Hop! vai se desfazer da sua frota de jatos regionais CRJ1000 até o final do ano


Air France Hop! está padronizando sua frota com aeronaves da família E-Jet da Embraer - Air France
Air France Hop! está padronizando sua frota com aeronaves da família E-Jet da Embraer - Air France

A regional francesa Hop! confirmou a venda de seus 14 jatos regionais CRJ1000 para a Jetcraft Commercial, padronizando a frota com os brasileiros E-Jet, da Embraer. Com isso, a empresa subsidiária da Air France passará a voar exclusivamente com os E190 e E170.

A intenção da Hop! é manter a operação apenas com aeronaves acima de 70 assentos, focando em rotas de maior demanda, especialmente agora em um momento de forte retomada do mercado europeu.

A empresa já havia vendido seus Embraer ERJ 145 ao longo do ano passado, com o último avião sendo retirado de serviço em meados de julho.

O acordo firmado com a Jetcraft Commercial permitirá a venda da família CRJ1000 no mercado internacional. A companha é especializada na aquisição, venda, leasing e financiamento de aeronaves, tendo no ano passado sido a compradora dos dez ERJ 145 da Hop!.

Atualmente o programa CRJ pertence a japonesa Mitsubishi, que adquiriu o projeto da Bombardier em meio a reorganização do fabricante canadense. Na ocasião a Bombardier havia acusado formalmente a empresa japonesa de espionagem industrial executada enquanto desenvolvia o então C-Series (atual Airbus A220). A Mitsubishi teria contratado engenheiros que obtiveram materiais sensíveis do C-Series antes de serem desligados da empresa.

Contudo, o CRJ1000 obteve limitado sucesso de mercado, com apenas 64 unidades produzidas. Um dos entraves do modelo era superar o limite máximo das calusulas de escopo, que limitam o tamanho e peso dos aviões que voam no mercado de aviação regional dos Estados Unidos. Além disso, a concorrência com a família E190 da Embraer e as dificuldades financeiras da Bombardier na época tornaram o CRJ1000 pouco viável comercialmente.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 09/03/2022, às 18h10


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