Setor também demonstrou preocupação com o Brasil

Demanda por carga aérea teve nova alta em outubro

Pelo terceiro mês seguido, a demanda por carga aérea fechou com alta em outubro

Setor aéreo também demonstrou preocupação com um decreto que pode voltar a exigir visto de tripulantes do exterior - Divulgação.

A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) informou que a demanda global por carga aérea aumentou pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 3,8% em outubro.

Apesar do resultado positivo, fatores no ambiente operacional despertaram a atenção do mercado para o momento atual, como a desaceleração das atividades econômicas, especialmente na China, onde houve deflação. Por outro lado, o comércio global inverteu sua trajetória de baixa e se estabilizou, em níveis ainda acima dos registrados antes da pandemia de covid-19.

Na América Latina, as companhias aéreas registraram aumento de 4% nos volumes de carga em outubro, em relação ao mesmo mês de 2022.

“A recuperação da demanda, os rendimentos ligeiramente mais fortes e o aumento do comércio são boas notícias. Mas com a demanda ainda 2,4% abaixo dos níveis pré-pandemia, e as incertezas sobre a trajetória da economia global, o otimismo deve ser acompanhado com cautela”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA.

Exigência de visto para tripulantes no Brasil gera preocupação

A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) demonstrou preocupação com a exigência de visto para tripulantes, que poderá ser novamente adotada pelo Brasil, a partir de 10 de janeiro.

A entidade alerta que o decreto do Ministério das Relações Exteriores não está alinhado com as convenções internacionais de transporte aéreo, afetando diretamente a economia brasileira, por gerar incertezas em novos contratos.

“O movimento do Itamaraty já está gerando incerteza em contratos de cargas e programação de voo para o Brasil. E o grande prejudicado será justamente a população que deveria apoiar, onde não apenas a competitividade pode ser comprometida, como também a imagem de um dos países mais fortes da aviação no grupo I da ICAO e que deveria defender as suas regras”, disse a ALTA, em nota.

Tripulantes à trabalho oriundos de vários países estavam isentos de visto desde 1995, quando um decreto sobre o tema foi assinado.