Caças suecos e finlandeses participaram do treinamento com aviões da Otan sobre o Báltico
Forças aéreas de países aliados e parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizaram o treinamento Ramstein Alloy. Ação ocorreu em conjunto sobre o Mar Báltico, entre os dias 11 e 12 de abril.
Países membros da Otan como Espanha, Alemanha, República Tcheca, França, Turquia e Bélgica se reuniram com os parceiros Suécia e Finlândia.
O exercício teve como foco a coesão e a interoperabilidade da aliança militar e com isso a proficiência dos pilotos de cada país.
“Exercícios como o Ramstein Alloy são a base de nossa missão de policiamento aéreo, que faz parte da dissuasão de 360 graus da Área Euro-Atlântica”, acrescentou Pascal Delerce, vice comandante do Comando Aéreo Aliado.
Entre as aeronaves participantes estavam os caças Mirage 2000, Eurofighter, F-16, Gripen JAS 39C e F-18 Hornet. Além disso, também estava presente um E-7T, aeronave de alerta aéreo antecipado da Turquia.
Partner and Allies 🇫🇷🇹🇷🇬🇧🇧🇪🇪🇸🇸🇪🇫🇮🇪🇪🇨🇿🇩🇪flew more than 50 sorties together during exercise Ramstein Alloy 22-1. Enhancing procedures and communications between #NATO nations ensures we are prepared to safeguard Allied airspace 24/7 365 #StrongerTogetherpic.twitter.com/0jdQNsSpUb
— NATO Air Command (@NATO_AIRCOM) April 13, 2022
O Ramstein Alloy acontece em meio à guerra da Rússia e Ucrânia que está perto de completar dois meses. O exercício aéreo pode ser interpretado como uma resposta de união e força bélica do ocidente aos russos.
Uma questão interessante foi a participação da Suécia e da Finlândia neste treinamento. Os dois países estão em torno de discussões sobre a adesão ou não à aliança militar da Otan.
Ambos os países se mantém neutros há vários anos, mas os acontecimentos na Ucrânia estão fazendo as autoridades suecas e finlandesas repensarem sobre isto. A decisão final deverá acontecer nas próximas semanas.
Contudo, a Rússia já havia demonstrado que não gostaria que as nações entrassem para a aliança militar e Moscou chegou a fazer um tom de ameaça. Inclusive foi dito hoje pelo governo que, caso as nações entrem para a Otan, militares russos poderiam colocar armas nucleares na frontreira com os países.
Por André Magalhães
Publicado em 14/04/2022, às 10h10
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