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Boeing e Leonardo se unem para programa de treinamento de voo nos EUA

Boeing e Leonardo firmam parceria para disputar o programa Flight School Next do Exército dos EUA


Flight School Next
Parceria combina a experiência operacional da Boeing e a plataforma Leonardo AW119T para oferecer solução completa de instrução de voo ao Exército norte-americano - Boeing

A Boeing e a Leonardo anunciaram na última segunda-feira (13), uma parceria para concorrer ao contrato Flight School Next do Exército dos Estados Unidos, no formato contractor-owned, contractor-operated, COCO.

O programa prevê a oferta de uma solução de treinamento em helicópteros totalmente gerida pela iniciativa privada.

A proposta combina a experiência operacional da Boeing em treinamento de asas rotativas com o emprego do helicóptero Leonardo AW119T, modelo de instrução já utilizado em forças armadas norte-americanas. O objetivo, segundo o fabricante, é oferecer um sistema eficiente, escalável e de longo prazo para formação de pilotos militares.

Experiência e estrutura

A Boeing possui ampla atuação em programas de treinamento do Exército dos EUA, incluindo o suporte ao AH-64 Apache em operações globais. A empresa provê desde simulações em ambientes integrados (live, virtual e constructive) até desenvolvimento de instrutores e manutenção da prontidão das tripulações. 

Já o Leonardo AW119T é um helicóptero monomotor de treinamento, sustentado comercialmente e já utilizado pelo setor militar norte-americano. A frota acumulou mais de 100.000 horas de voo, incluindo 16.000 sob regras de voo por instrumentos (IFR) e mais de 40.000 autorrotações completas. A Leonardo mantém 130 aeronaves desse modelo em operação pela Marinha dos EUA, com base próxima a Fort Rucker, no estado do Alabama.

Estrutura do serviço proposto

A parceria pretende entregar um pacote completo de treinamento que inclui aeronaves, manutenção, instrutores, simuladores e currículo validado. O modelo é projetado para ampliar a proficiência dos pilotos e aumentar a eficiência operacional.

Entre os principais elementos estão:

  • Aeronave madura e de baixo risco, com sistemas de segurança e capacidade para autorrotações completas.
  • Sistema de treinamento completo, com infraestrutura, manutenção e corpo docente integrados.
  • Instrução aprimorada, baseada em fases de proficiência e combinando voo real, simuladores e acompanhamento digital individualizado.
  • Eficiência operacional, com logística automatizada e cronogramas adaptáveis a condições meteorológicas e de luminosidade.
  • Rede de sustentação consolidada, com instalações já ativas para manutenção e produção do AW119T.

Perspectiva de longo prazo

Com o Flight School Next, Boeing e Leonardo informaram que propõem uma abordagem modular de treinamento, capaz de evoluir conforme as demandas do Exército dos EUA. O modelo visa ampliar as horas de voo disponíveis, reduzir custos de manutenção e padronizar o nível de proficiência dos aviadores.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 14/10/2025, às 15h30


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