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Falha foi estopim para a Qatar

British Airways também encontra problemas na pintura do Airbus A350

Degradação prematura da pintura é considerada incomum e fabricante e autoridades avaliam as causas da falha


British Airways possui aeronaves em operação comercial, inclusive para o Brasil - Airbus/Divulgação
British Airways possui aeronaves em operação comercial, inclusive para o Brasil - Airbus/Divulgação

O problema de desgaste prematuro na pintura do Airbus A350 ganhou novo destaque. A British Airways confirmou que também está passando pelo problema que levou ao embate entre a Qatar Airways e a Airbus.

O CEO da International Airlines Group (IAG), que controla a British Airways, Luis Gallego, disse que alguns A350 apresentaram degradação na pintura na superfície das aeronaves. 

Ao contrário do que aconteceu na Qatar Airways, que iniciou uma batalha judicial contra a Airbus que pode custar alguns milhões de dólares, Gallego afirmou a agência Reuters que foi informado pela autoridade europeia de aviação (Easa) que o problema não afeta a segurança do avião.

A British Airways espera continuar recebendo e operando o A350 normalmente, apenas atenta as degradação incomum da pintura, que a Easa afirma não comprometer a estrutura do avião.

Em dezembro de 2021, outras cinco companhias aéreas europeias também haviam reportado o mesmo problema, que é conhecido há quatro anos, mas sem qualquer tipo de influência na operacionalidade. Na época, a Airbus informou que algumas questões ainda estavam sendo investigadas e que estava abordando as causas básicas e que soluções seriam adotadas futuramente. 

Na IAG, o A350 está presente nas frotas da British Airways e da Iberia, com voos comerciais inclusive para o Brasil.

Saiba mais...

A Qatar Airways há vários meses pressionava a Airbus para a solução dos problemas com a pintura do A350. Na ocasião o fabricante afirmava que a falha era estética e não comprometia a segurança, além de ser um problema pontual que afetava apenas a empresa árabe.

A Qatar Airways elevou as críticas, enquanto as autoridades aeronáuticas do Catar proibiram a operação com o A350, visando avaliar o potencial dano estrutural da degradação da pintura e supostamente do material composto que forma a fuselagem.

A escalada da crise ocorreu quando a Airbus unilateralmente cancelou todos os pedidos da Qatar Airways, incluindo os aviões da família A321neo. A medida foi uma resposta ao processo movido pela empresa árabe que pede US$ 600 milhões em indenização.

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Marcel Cardoso
Publicado em 03/03/2022, às 06h15


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