Disputa envolvendo suposta má qualidade na pintura de várias aeronaves já dura meses
A Airbus entrou com um processo judicial contra a Qatar Airways, alegando danos a duas aeronaves que nunca foram entregues. A fabricante pede US$ 220 milhões (R$ 1,14 bilhão).
Este é o mais novo capítulo de uma disputa que já dura meses. Ela começou quando a companhia aérea do Oriente Médio decidiu processar a Airbus no Reino Unido, pedindo US$ 600 milhões (R$ 3,1 bilhões), por conta de falhas na pintura do modelo A350. Mais de vinte aeronaves estão inoperantes há cerca de um ano.
A fabricante negou que as unidades tenham qualquer irregularidade e, em resposta, cancelou as encomendas de 50 A321neo e de dois A350-1000XWB. Recentemente, a Suprema Côrte britânica concedeu uma liminar à Qatar, proibindo a Airbus “de fazer qualquer coisa que possa comprometer sua capacidade de cumprir qualquer decisão judicial” sobre o rompimento do contrato das encomendas de seu maior narrowbody.
Em nota, o CEO da Airbus, Guillaume Faury disse que esperava “um acordo aceitável” para pôr fim à disputa, enquanto à Qatar Airways informou que nem a companhia e nem seu corpo jurídico foram informados sobre qualquer iniciativa da fabricante para tentar resolver o problema de forma amigável.
Marcel Cardoso
Publicado em 28/02/2022, às 23h55
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