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Regras ambientais

Qatar Airways pressiona Airbus para solução de problemas contratuais

CEO da empresa árabe afirmou que disputa pode sair do controle caso não seja resolvida


Airbus A350 da Qatar Airways

Qatar tem alegado que pintura aplicada aos A350 está fora dos padrões de qualidade exigidos

A Qatar Airways voltou a ameaçar de processar a Airbus caso não haja um entendimento em relação a questões pendentes entre ambos os lados. Embora o CEO da Qatar, Akbar Al Baker, não tenha confirmado qual o motivo da disputa, ele descartou ser relacionado com a qualidade da pintura dos aviões.

Recentemente a empresa alegou problemas na qualidade na pintura dos A350 recém-entregues, que estariam descascando mesmo com pouco tempo de uso.

Até o final de abril haviam ainda 73 pedidos da Airbus não entregues, incluindo 23 unidades da família A350, que a Qatar é o maior cliente global.

“Eles [Airbus] precisam ‘cair na real’ e precisam saber que esse problema criará repercussões industriais. A bola está do lado deles para resolver o problema que temos, cabe a eles resolver isso o mais rápido possível antes que as coisas saiam um pouco do controle”, disse Al Baker e declaração a agência Reuters.

Na última segunda-feira (31 de maio), uma matéria da Bloomberg cogitou a hipótese da Qatar Airways recusar novas aeronaves da Airbus, caso a disputa não seja resolvida.

Na região do Golfo, a Emirates Airline é outra companhia que enfrenta problemas com entregas, mas neste caso com a Boeing. Recentemente, Tim Clark, CEO da Emirates revelou a possibilidade de recusar entregas do 777-9 por conta da falta de transparência na produção da nova aeronave.

No passado recente o executivo teria dito ainda que esperava ‘o inferno’ na certificação do 777-9, repercutindo os temores referentes as falhas no processo ocorridas com o 737 MAX. Além disso, durante ensaios estáticos a estrutura posterior da fuselagem do 777-9 explodiu em uma área onde não havia sequer possibilidade da falha.

As empresas árabes estão endurecendo a relação com os fabricantes em um momento de baixa demanda por transporte aéreo e mudança no perfil de viagens no curto prazo. A expectativa é que haja uma disputa de interesses de ambos os lados, até encontrarem um novo denominador para retomada dos negócios.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 04/06/2021, às 11h00 - Atualizado às 17h21


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