Tim Clark, presidente da Emirates, disse que uma possível redução na classificação de crédito sinalizará uma recuperação judicial
Tim Clark, presidente da Emirates, disse que a Boeing pode enfrentar um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o chamado Capítulo 11, se não conseguir levantar novos fundos.
A declaração foi dada em uma entrevista ao site The Air Current. Clark argumentou que a medida permitiria ao fabricante norte-americano propor um plano de reorganização ao judiciário. "Uma redução na classificação de crédito pode preceder os procedimentos de recuperação judicial", disse.
Na última sexta-feira (11), a empresa informou que a divisão de aviões comerciais prevê encargos antes de impostos de US$ 3 bilhões (R$ 16,8 bilhões) nos programas 777X e 767. Por conta disso, a primeira entrega do 777-9 está agora prevista para 2026, enquanto o cargueiro 777-8 deverá ser entregue em 2028, resultando em um encargo antes de impostos de US$ 2,6 bilhões (R$ 14,6 bilhões), levando em consideração atrasos nos testes de voo do 777-9, bem como os efeitos de uma greve de funcionários que já completou um mês.
Além disso, O fabricante norte-americano também anunciou que encerrará a produção do cargueiro 767F, reconhecendo um encargo de US$ 400 milhões (R$ 2,24 bilhões) antes de impostos relacionado ao programa. A partir de 2027, a Boeing produzirá exclusivamente a aeronave 767-2C para o programa de reabastecimento aéreo KC-46A.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/10/2024, às 08h19
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