Boeing reconheceu que terá prejuízo no terceiro trimestre do ano, por conta de uma greve e de atrasos nas entregas do 777X
A Boeing reconheceu nesta sexta-feira (11), que terá impactos financeiros negativos relacionados a encargos em diversos programas de suas divisões de aviões comerciais e defesa, espaço e segurança, e por conta uma greve que está perto de completar um mês.
A divisão de aviões comerciais prevê encargos antes de impostos de US$ 3 bilhões (R$ 16,8 bilhões) nos programas 777X e 767. Por conta disso, a primeira entrega do 777-9 está agora prevista para 2026, enquanto o cargueiro 777-8 deverá ser entregue em 2028, resultando em um encargo antes de impostos de US$ 2,6 bilhões (R$ 14,6 bilhões), levando em consideração atrasos nos testes de voo do 777-9, bem como os efeitos da paralisação em curso.
O fabricante norte-americano também anunciou que encerrará a produção do cargueiro 767F, reconhecendo um encargo de US$ 400 milhões (R$ 2,24 bilhões) antes de impostos relacionado ao programa. A partir de 2027, a Boeing produzirá exclusivamente a aeronave 767-2C para o programa de reabastecimento aéreo KC-46A.
"Embora nosso negócio esteja enfrentando desafios de curto prazo, estamos tomando decisões estratégicas importantes para o nosso futuro e temos uma visão clara do trabalho que devemos fazer para restaurar nossa empresa", disse Kelly Ortberg, CEO da Boeing.
No geral, a empresa projeta uma receita de US$ 17,8 bilhões (R$ 99,9 bilhões). e fluxo de caixa operacional negativo de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,29 bilhões). O caixa e os investimentos em títulos negociáveis totalizaram US$ 10,5 bilhões (R$ 58,9 bilhões) em 30 de setembro.
Os resultados financeiros consolidados do período entre julho e setembro serão divulgados no próximo dia 23 de outubro.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 11/10/2024, às 18h22
+lidas