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Azul mantém voos e prevê saída do Chapter 11 até o início de 2026

Azul projeta sair do Chapter 11 até o início de 2026, mantendo voos e serviços regulares


Durante o processo Azul prevê mantér a maioria dos voos, mas será excluída dos índices da B3 - Azul
Durante o processo Azul prevê mantér a maioria dos voos, mas será excluída dos índices da B3 - Azul

A Azul Linhas Aéreas pretende encerrar seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos até o início de 2026, com a parte judicial sendo finalizada ainda neste ano. A empresa mantém suas operações normalmente e trabalha na reestruturação de suas dívidas com o apoio dos principais credores.

A informação foi confirmada pelo vice-presidente institucional da Azul, Fabio Campos, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30). “A expectativa é concluir toda a parte judicial até o final do ano e sair do processo por completo no começo do ano que vem”, afirmou o executivo.

A companhia protocolou o pedido de proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, mecanismo utilizado para reorganização financeira com continuidade das operações. Segundo Campos, a Azul já obteve sinal positivo da Justiça norte-americana para todas as cerca de vinte solicitações feitas até o momento, incluindo a liberação de um financiamento emergencial de US$ 250 milhões.

O processo é semelhante ao adotado recentemente pela Gol Linhas Aéreas e, há cinco anos, pelo grupo Latam, incluindo sua filial brasileira.

Campos reforçou que as operações da Azul seguem normalmente, sem previsão imediata de corte de voos ou redução da malha aérea. “A companhia irá honrar todas as passagens compradas”, declarou.

Mesmo em recuperação, a Azul mantém o foco na demanda internacional e informou que, na próxima segunda-feira, anunciará novas rotas a partir de Campinas (VCP) com destino a Porto (Portugal) e Madri (Espanha).

Exclusão das Ações

No Brasil, o pedido de recuperação judicial levou à exclusão das ações da Azul (AZUL4) de todos os índices da B3. A medida foi tomada na quarta-feira (28), com base no Manual de Definições e Procedimentos da bolsa, que prevê a retirada de empresas em situações excepcionais, como a solicitação de proteção contra credores em tribunais estrangeiros.

A exclusão será efetivada com base no preço de fechamento do pregão de 29 de maio. A partir dessa data, os papéis da Azul passam a ser negociados sob a classificação de “Outras Condições”, com regras específicas que indicam ao mercado um novo nível de risco associado.

Em comunicado, a Azul reiterou a reestruturação de suas dívidas deve assegurar a continuidade das operações, com negociações em andamento com credores e potenciais novos investidores.

Redação
Publicado em 30/05/2025, às 12h40


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