A Delta Air Lines criou estratégias inusitadas para evitar a tarifa de 10% imposta por Trump em aviões Airbus
A Delta Air Lines adotou uma estratégia inusitada para contornar tarifas de importação aplicadas a aviões comprados da Airbus, de fabricação europeia, impostas por Donald Trump.
A companhia tem retirado motores, fabricados nos EUA, dos Airbus montados na Europa e os reenviado para seu país de origem, evitando assim a taxa de 10% sobre importação de aeronaves inteiras.
Com essa manobra, os motores são instalados em jatos que já pertencem à frota da Delta Air Lines e que estavam parados devido a problemas. Dessa forma, é possível manter o crescimento da frota sem arcar com os custos adicionais relacionados às tarifas comerciais.
Segundo o The Detroit News, a Delta tem se beneficiado do fato de os motores serem produzidos nos EUA, o que permite sua reimportação sem incidência da tarifa. Já as aeronaves novas, sem os motores, permanecem na Europa, impedidas de serem entregues. Além das tarifas, fontes informaram que a certificação dos assentos dessas aeronaves ainda não foi aprovada pelos órgãos reguladores, o que inviabiliza sua utilização comercial.
Ed Bastian, CEO da Delta, disse que a empresa não pretende pagar novas tarifas sobre a entrega de aeronaves, justificando a estratégia adotada. Em outro movimento para evitar custos adicionais, tem recebido Airbus A350 em países terceiros, onde entram em operação antes de voar para os EUA, driblando assim a tributação na entrada direta no território americano.
Apesar dos desafios impostos pelas tarifas e regulamentações internacionais, empresas aéreas, como a Delta, continuam a buscar soluções logísticas e operacionais para minimizar impactos financeiros e manter a eficiência de suas frotas.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 12/07/2025, às 20h13
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