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Pandemia

Atualmente 15.200 aeronaves estão fora de serviço em todo o mundo

Total representa 58% da frota global e maiores impactados são aviões de longo curso


Maior parte da frota global foi forçada a ficar no chão após pandemia do Covid-19 | Foto: National Police Air Services

A drástica redução nas viagens aéreas geradas pela pandemia do coronavírus obrigou as empresas aéreas a paralisarem grande parte de suas frotas. Atualmente existem 15.200 aeronaves estocadas no mundo, o que representa 58% da frota mundial fora de serviço.

Apenas ontem (6) foram retirados de operação 650 aviões em todo o mundo. Os números contabilizados pela consultoria Cirium contabiliza aviões de corredor único, dois corredores e aviões regionais a jato, que estiveram parados por ao menos sete dias consecutivos. Um dos maiores impactos foi no mercado de aviões de grande porte. O Boeing 747 dispõem hoje de apenas 23 aeronaves em operação, de um total de 184 que estavam em serviço no início do ano. O Airbus 380 encerrou o dia com doze aviões em serviço, enquanto outros 227 foram paralisados como resposta a redução da demanda.

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A frota de praticamente todos os modelos de aeronaves apresenta uma redução constante na operação, com exceção do Airbus A300, que registrou a reintrodução em serviço de oito aviões.

Os recém-chegados bimotores de nova geração também não foram poupados da retração de uso, com o Airbus A350 tendo apenas 31 aviões em serviço, o que representa 31% da frota mundial. O rival 787 da Boeing possui 166 aviões em operação, coincidentemente também 31% do total de aviões entregues.

A análise de operação da frota global aponta que atualmente 59% dos modelos da Airbus estão armazenados, enquanto o total de aeronaves da Boeing é de 55%, incluindo as 383 aeronaves 737 Max que já estavam fora de serviço.

Os dados da Cirium mostram que a maior parte dos aviões está voando atualmente estão em regime de revezamento, operando ao menos uma vez nos últimos sete dias. O estudo mostra que as empresas estão evitando enviar mais aviões para estocagem de longa duração, mantendo uma operacionalidade menor, mas com custos reduzidos.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 07/04/2020, às 11h00 - Atualizado às 11h56


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