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União Europeia teme falta de concorrência para a Airbus

União Europeia suspende análise da fusão Embraer e Boeing

Análise do negócio depende do envio de novas informações e prazo para conclusão passa para março de 2020


Comissão europeia suspende análise da joint venture entre a Embraer e a Boeing e justifica falta de informações adicionais

A comissão antitruste da União Europeia pediu informações adicionais para a Embraer e Boeing referente a joint venture que está sendo conduzida pelas duas fabricantes.

A comissão alertou as autoridades e o mercado que o acordo deverá eliminar a Embraer como a terceira fabricante global de aviões comerciais, impactando na concorrência com a Boeing e da Airbus, situação que pode resultar em preços mais elevados das aeronaves s e menos opções as empresas aéreas.

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A joint venture focada exclusivamente na aviação comercial e anunciada em 2018 prevê que a Boeing tenha uma participação de 80% e a Embraer os demais 20% do negócio. A previsão é que a parceria amplie o alcance da Boeing no mercado de aviação regional, onde a fabricante norte-americana não atua, podendo concorrer com a Airbus que adquiriu o programa CSeries, da Bombardier e passou a comercializar um avião na faixa dos 120 aos 160 assentos.

As autoridades europeias em relatório demonstraram a preocupação com a saída da Embraer do mercado de aviação comercial e a concentração dessa faixa de aviões em apenas dois fabricantes, a Airbus e a Boeing. O relatório aponta que existem poucas chances dos fabricantes da China, Japão ou Rússia, ocuparem o espaço deixado pela Embraer nos próximos dez anos.

A expectativa inicial da Embraer era que o negócio estivesse aprovado pelos órgãos de concorrência internacionais até o final deste ano, mas antes mesmo da União Europeia suspender a análise as fabricantes já aviam mudado a meta de concluir a transação em 2019, passando a trabalhar com o primeiro trimestre de 2020.

Apesar do atraso no potencial fechamento do acordo comercial com a Boeing, a Embraer dará continuidade à segregação da unidade de aviação comercial, que será concluída no fim de 2019. Após a cisão, a unidade seguirá operando sob o comando da companhia brasileira até a conclusão da transação, acrescentou o executivo.

A comissão tinha estabelecido o prazo de 20 de fevereiro de 2020 para publicar sua decisão sobre o acordo, mas entendeu o limite para 5 de março, antes de a análise ser oficialmente suspensa. As autoridades agora afirmaram que aguardam novos documentos antes de confirmarem a data para conclusão da análise do caso.

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Redação
Publicado em 13/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 00h53


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