Enquanto a Rússia amplia seus bombardeios, Donald Trump e Vladimir Putin negociam um possível acordo de paz sem a participação da Ucrânia
Na noite do último domingo (23), a Rússia lançou um ataque massivo contra a Ucrânia, empregando 267 drones, no que foi considerado o maior ataque aéreo desde o início da guerra há três anos.
Regiões de Dnipropetrovsk, Odessa, Poltava, Kiev e Zaporizhzhia foram afetadas. As defesas aéreas ucranianas conseguiram interceptar ou bloquear 138 desses drones e outros 119 desapareceram. Além disso, três mísseis balísticos foram lançados, causando danos em cinco regiões do país.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o "terror aéreo" russo e destacou a necessidade de unidade entre os aliados da Ucrânia para alcançar uma paz justa e duradoura. Na última semana, quase 1.150 drones, mais de 1.400 bombas aéreas guiadas e 35 mísseis foram lançados contra a Ucrânia.
A guerra na Ucrânia completou três anos nesta-segunda-feira (24), marcando um dos conflitos mais prolongados e devastadores da Europa. O conflito evoluiu de uma ofensiva relâmpago para uma guerra de desgaste, com batalhas intensas no leste e sul da Ucrânia.
Ao longo desse período, a Ucrânia recebeu apoio militar e financeiro do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos e países da União Europeia, enquanto a Rússia fortaleceu sua indústria bélica e recrutou novos soldados. Contraofensivas ucranianas em 2023 e 2024 não atingiram todos os objetivos esperados, mas infligiram pesadas perdas à Rússia. Já Moscou manteve territórios ocupados e intensificou ataques com mísseis e drones.
A guerra também trouxe impactos globais, como crises energéticas e alimentares, sanções econômicas e um realinhamento geopolítico.
Em 2025, o conflito ganhou mais um capítulo com gosto de reviravolta, quando Donald Trump e Vladimir Putin iniciaram uma nova negociação para o fim da guera, deixando a Ucrânia fora da negociação direta do possível acordo de paz.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 24/02/2025, às 23h12
+lidas