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Crise na Ucrânia

Rússia vai produzir vinte Tupolev Tu-214 nos próximos meses

Objetivo do governo da Rússia é que os novos Tu-214 atendam a futura demanda das empresas aéreas


Governo planeja retomar a montagem de aviões comerciais para evitar dependência de modelos Ocidentais - Divulgação
Governo planeja retomar a montagem de aviões comerciais para evitar dependência de modelos Ocidentais - Divulgação

O governo da Rússia afirmou que retomou a produção dos veteranos Tupolev Tu-214, com objetivo de suprir a demanda das empresas aéreas locais e com foco em montar ao menos vinte aviões, com uma entrega de, ao menos, dez aviões no primeiro ano.

A iniciativa ocorreu após os embargos Ocidentais contra Moscou, que atingiram praticamente toda a economia, mas afetou sobretudo o setor aeroespacial. As empresas aéreas russas estão impedidas de manter seus contratos de leasing de aeronaves da Airbus, Boeing e Embraer, assim como perderam acesso ao mercado de manutenção aeronáutica e suporte técnico.

A retomada da produção dos Tu-21 deverá ocorrer na planta da KAPO, acrônimo em inglês para Kazan Aicraft Production Association, localizado na cidade de Kazan, distante 800 quilômetros de Moscou.

O Conselho da Comissão Militar Industrial da Rússia ainda afirmou que a unidade de Kazan vai produzir peças de reposição para a frota em serviço, visando evitar um desabastecimento de componentes após o início das sanções. O governo não definiu um prazo para início da fabricação local de componentes, nem a lista do que poderá ser feito localmente. Um dos entraves é o tempo necessário para efetivar a linha de produção, visto que alguns componentes de parte da frota terão de ser substituído no curto prazo.

Ainda assim, o objetivo principal é retomar a fabricação de peças de aeronaves russas, em especial dos Tu-214 e Ilyushin Il-76.

Quanto a produção dos aviões nacionais, a cadência de dez aeronaves anuais não esbarrará na necessidade de substituir ao menos 300 aviões comerciais Ocidentais. Porém, a expectativa é que as sanções possam ser retiradas assim que houver um acordo de paz com a Ucrânia.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 11/04/2022, às 09h16


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