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Nas sombras

Novo radar pode detectar aviões invisíveis

Sistema chinês promete resolver problema na baixa detecção radar de aeronaves stealth


Pesquisadores chineses afirmam ter desenvolvido um radar quantum que pode penetrar no manto da invisibilidade das atuais aeronaves stealth. A estatal China Electronics Technology Group, controlada diretamente por militares, informou que sua nova tecnologia pode detectar facilmente aeronaves stealth e, ao mesmo tempo, é altamente resistente a contramedidas eletrônicas que atrapalham demais tipos de radares.

Segundo os engenheiros chineses, a nova tecnologia está na base teórica do radar quantum, que tem sido pesquisado em todo o mundo e que utiliza um fenômeno conhecido como "emaranhado quantum". Seu funcionamento bastante complexo consiste em um sistema que emite um par emaranhado de partículas em direção ao objeto e observa a reação da primeira partícula em relação à segunda. Com a diferença de comportamento nas particulas refletidas pelo objeto faz-se possível detectar aeronaves com baixa assinatura radar. O instrumento convencional, por sua vez, opera por meio da reflexão de ondas eletromagnéticas.

Aeronaves como o bombardeiro norte-americano B-2 Spirit é quase invisível para o radar convencional por utilizar materiais que podem absorver e neutralizar a refração das ondas. Parte delas são refletidas para uma direção diferente do ponto de origem e outra parte é absorvida pelos materiais que revestem a estrutura da aeronave. O princípio do radar quantum se aproveita justamente dessa característica de defesa e devolve uma sombra deixada pelas partículas não refletidas.

Na teoria, o princípio pode ser viável, porém, analistas ainda não acreditam no uso dessa nova tecnologia em um curto prazo por causa de seus elevados custos e ao peso descomunal do sistema e à elevada quantidade de energia elétrica necessária para seu funcionamento. Caso os chineses efetivamente consigam criar esse novo radar, diversos projetos recém-concebidos, incluindo diversos modelos de aviões stealth chineses, se provariam pouco úteis.

Redação
Publicado em 26/09/2016, às 13h00 - Atualizado em 27/09/2016, às 14h34


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