Temor dos norte-americanos é que aeronave forneça importantes dados para a espionagem
Diferente da força aérea e dos fuzieliros navais, a marinha dos EUA opera a versão F-35C | Foto: Divulgação
A Marinha dos Estados Unidos está estudado opções de resgate do caça F-35C que se acidentou ontem, segunda-feira (24), ao tentar pousar no porta-aviões USS Carl Vinson.
Os militares norte-americanos devem recuperar a aeronave de maneira rapída, pois é possível que a Rússia e a China tenham o interesse em obter o caça furtivo para estudos das secretas tecnologias da aeronave.
Este episódio lembra bastante o caso do F-35B do Reino Unido que caiu no Mar Mediterrâneo em novembro de 2021, logo após decolar do porta-aviões inglês HMS Queen Elizabeth.
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Na ocasião, os ingleses agiram de maneira rápida para tirar o avião do fundo do mar, visto que, haviam suspeitas que os russos poderiam investir na busca da aeronave.
This is the wreckage of a British #F35B fighter salvaged from the #Mediterranean. pic.twitter.com/yH2tubCCJ3
— Military Armed Forces (@Military9Army) January 21, 2022
Um dia após o ocorrido algumas atualizações foram divulgadas pelo porta-voz da sétima frota dos Estados Unidos, Mark Langford.
“A aeronave atingiu o convés de voo durante o pouso e, posteriormente, caiu na água", disse Langford. Ainda foi dito pelo porta-voz que os sete militares feridos, incluindo o piloto que ejetou, estão em condição de saúde estável.
Apesar de bater no convés de voo o acidente não afetou as operações das aeronaves, que seguem normalmente.
O porta-aviões Carl Vinson e o Abraham Lincoln, bem como suas respectivas frotas de apoio realizaram nos últimos dias um grande exercício naval no Mar da China Meridional, a ação pode ser vista como uma clara demonstração de poder de Washington, o que em nada agrada o governo chinês que demonstra desconforto com tais manobras militares nesta região.
O treinamento aconteceu poucos dias antes de uma ousada investida da China contra Taiwan. Pequim enviou diversas aeronaves militares para a zona de identificação aérea do país, mais conhecida como Adiz, inclusive o mais novo caça de guerra eletrônica J-16D estava presente.
Por André Magalhães
Publicado em 25/01/2022, às 17h00 - Atualizado em 26/01/2022, às 17h52
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