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Israel cogita estatizar o controle da principal empresa aérea do país

Crise interna levou a El Al a suspender todos os voos enquanto dívida disparou com a pandemia


El Al foi forçada a suspender a totalidade dos voos em julho após crise com sindicato dos pilotos

A israelense El Al foi forçada a suspender todos os seus voos no dia 1º de julho, completando hoje sete dias sem operar, o que agravou ainda mais a já delicada situação da companhia que perdeu US$ 140 milhões no primeiro trimestre.

Com o agravamento da crise o governo de Israel afirmou que deverá nacionalizar a companhia, em um processo de venda de ativos no mercado financeiro. O conselho de administração da El Al concordou em aceitar o plano do Ministério das Finanças, que forneceu a garantia um empréstimo de US$ 250 milhões em troca de 75% do controle da companhia.

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O governo espera realizar também uma oferta pública de até US$ 150 milhões na Tel Aviv Exchange (TASE), a bolsa de valores de Israel, visando captar recursos para viabilizar a transação e manter o controle misto da El Al. Entretanto, o plano do governo prevê que as ações que não forem compradas pelo mercado deverão ser absorvidas pelo Estado. Além disso, caso o governo assuma maior parte do controle, será nomeado um administrador especializado por um período de três anos.

O projeto de reestruturação deverá diluir o controle que a família Moses-Borovitz, detém na companhia, com participação de 38%. O atrito entre os atuais controladores e os pilotos levou a recusa dos aviadores de assumirem seus postos, piorando a imagem da El Al e agravando sua crise.

A El Al registrou perdas de US$ 140 milhões no primeiro trimestre, ante as perdas de US$ 55 milhões no mesmo período de 2019, mostrando o avanço da crise dentro da companhia. A receita também caiu no período, chegando a US$ 321 milhões, número 25% inferior ao de 2019. Por outro lado, as perdas operacionais cresceram 75%, atingindo US$ 93 milhões.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 07/07/2020, às 14h30 - Atualizado às 14h54


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